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Que acções comprariam os gurus neste mercado?

O Negócios aplicou os ensinamentos dos sete gurus que mais ganharam na última década para formar uma carteira de 14 acções. Juntos, os super-investidores podem ser ainda mais fortes. A busca dos melhores títulos foi realizada nos índices accionistas...

24 de Julho de 2009 às 10:05
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O Negócios aplicou os ensinamentos dos sete gurus que mais ganharam na última década para formar uma carteira de 14 acções. Juntos, os super-investidores podem ser ainda mais fortes. A busca dos melhores títulos foi realizada nos índices accionistas das praças mais acessíveis: Lisboa, Madrid, Paris, Bruxelas, Amesterdão, Frankfurt, Londres e Nova Iorque.


William O'Neil
Embora William O'Neil prefira acções de empresas de pequena e média dimensão, o modelo de selecção desenvolvido por si, CAN SLIM, pode ser aplicado às empresas maiores que fazem parte dos principais índices mundiais. O processo é algo complicado, já que a cada letra do acrónimo corresponde um dos sete factores para o sucesso da aposta na acção. Por exemplo, o "A" é referente a "anual", já que O'Neil procura um crescimento mínimo anual dos lucros de 25%. Aplicando as suas regras descobrem-se os títulos da construtora espanhola ACS e da farmacêutica norte-americana Schering-Plough.


John Neff

O antigo gestor do fundo Windsor é conhecido como "o investidor do rácio preço-lucros baixo". O rácio preço-lucros, que resulta da divisão da cotação da acção pelos lucros dos últimos 12 meses por acção, é um dos indicadores mais populares no mercado accionista.

Tradicionalmente, as empresas com esses rácios mais reduzidos são empresas que já atingiram um patamar de estabilidade. Porém, Neff não ignora o potencial de crescimento, por isso desenvolveu um indicador - que chamou "rácio do que se recebe pelo que se paga" - que resulta da soma da taxa de dividendo e da taxa de crescimento a dividir pelo rácio preço-lucros. Com ele, encontram-se, hoje, as acções do BG Group e da Fresenius Medical Care.


Joseph Piotroski
Primeiro, Piotroski concentra-se apenas nas acções que têm os rácios preço-valor contabilístico mais baixos. Depois, realiza nove testes fundamentais para cada uma delas, envolvendo variáveis como o lucro anual, a margem bruta e a rotação dos activos. A carteira de Joseph Piotroski fica apenas com as acções de baixo preço-valor contabilístico que passam pelo menos oito dos nove testes. Actualmente, apenas duas estão nessas condições: a ArcelorMittal e a European Aeronautic Defence and Space.


Warren Buffett
No caso do segundo homem mais rico do mundo, segundo a revista "Forbes", não é preciso extrapolar para saber que empresas ele compraria: basta ler os relatórios das contas da Berkshire Hathaway, a sociedade que serve de veículo de investimento. No primeiro trimestre de 2009, Buffett reforçou seis investimentos: Burlington Northern Santa Fe, Johnson & Johnson, Wells Fargo, Union Pacific, US Bancorp e Nalco Holding. Porém, o investidor gastou mais dinheiro na Wells Fargo, o quarto maior banco norte-americano em activos, e na Burlington Nothern Santa Fe, a dona de uma rede ferroviária de mais de 50 mil quilómetros.


Martin Zweig
O que mais interessa a Martin Zweig é o potencial de crescimento das empresas em que investe. É por isso que a maioria dos seus indicadores medem a variação dos lucros ou das vendas. Contudo, há profundidade no estudo, porque ele tanto estuda a evolução trimestral dessas variáveis como a tendência de longo prazo. Um dos poucos rácios que usa para saber que não está a pagar em excesso pelo crescimento é o preço-lucros, que não permite que seja mais de 50% superior à mediana do mercado. As acções da britânica Reckitt Benckiser e da norte-americana National Oilwell Varco são as que mais se aproximam das suas exigências.


Benjamin Graham
Os critérios de selecção de acções do pai do investimento em valor são bastante tradicionais. Ele aprecia rácios preços-lucros e preço-valor contabilístico muito baixos e taxas de dividendo elevadas ou com potencial de subida. A Semapa é um bom exemplo: tem um rácio preço-lucros entre os 10% mais baixos dos principais índices, o preço-valor contabilístico não ultrapassa 1,2 e a taxa de dividendos dos últimos 12 meses é superior a 4%. O modelo que segue os ensinamentos de Benjamin Graham também selecciona a empresa holandesa de químicos DSM.


James O'Shaughnessy
O antigo director do Bear Stearns gosta dos modelos simples: ele sugere rácios preço-vendas e preço-"cash flow" baixos e elevadas taxas de dividendos. Em caso de dúvida, O'Shaughnessy opta pelas empresas que mais subiram nos últimos meses. Aplicando estes indicadores, a Bunzl, uma multinacional de distribuição e "outsourcing", e a petrolífera Royal Dutch Shell são seleccionadas. Embora a sua estratégia seja quantitativa, ele defende que é preciso estar atento ao mercado.

Se quiser conhecer as principais compras que O'Shaughnessy recomenda, pode estudar o portefólio do fundo RBC O'Shaughnessy International Equity. A sociedade gestora canadiana RBC apoia-se nas recomendações da O'Shaughnessy Asset Management para fazer os seus investimentos. Entre os principais activos estão o Westpac Banking, o Credit Suisse e o BNP Paribas.


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