Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Na crista da onda dos ganhos

Outubro não destoou do ritmo imposto em Setembro e em Agosto. A grande maioria de fundos sugeridos pelos supermercados ouvidos pelo Negócios avançou, conduzindo as carteiras recomendadas para ganhos médios de quase cinco por cento desde...

Na crista da onda dos ganhos
28 de Outubro de 2009 às 09:49
  • ...

Outubro não destoou do ritmo imposto em Setembro e em Agosto. A grande maioria de fundos sugeridos pelos supermercados ouvidos pelo Negócios avançou, conduzindo as carteiras recomendadas para ganhos médios de quase cinco por cento desde Julho. Até parece que a crise já passou. Todavia, a incerteza mantém-se: muitos dos especialistas assumem posições defensivas, à espera que as bolsas se definam.




Conheça a evolução das oito carteiras de fundos

As carteiras prudentes
foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais de 4%.

As carteiras agressivas
estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%




ActivoBank7
Brasil continua a ganhar

O fundo de acções brasileiras continua a ser o mais rentável entre todos os recomendados.

O Parvest Brazil continua a ser o fundo mais rentável entre as quase quatro dezenas de produtos recomendados pelos quatro supermercados de fundos auscultados pelo Negócios. No último mês, o fundo de acções brasileiras gerido por Jacopo Valentino valorizou-se cerca de 10%. "As acções têm beneficiado de um cenário quase ideal de recuperação económica, elevada liquidez, baixas taxas de juro e valorizações razoáveis, ao mesmo tempo que se prevê a manutenção de medidas de estímulo económico sem precedentes, pelo menos até ao final de 2010, num contexto de baixa inflação", explica Gonçalo Gomes, da Direcção de Marketing do ActivoBank7, o banco que sugere o investimento no Parvest Brazil desde que o Negócios lançou esta rubrica, em Julho passado.

A incerteza continua a definir as estratégias do ActivoBank7. "Depois da maior subida semestral em 76 anos, não pode ser afastado um período de consolidação dos ganhos nas acções, enquanto os investidores procuram confirmar novos dados, relativamente à sustentação da recuperação económica e dos resultados. Contudo, será expectável que os ventos favoráveis para activos de risco 'soprem mais forte' que os adversos ao longo dos próximos meses", defende Gonçalo Gomes. Em consequência, três novos fundos estreiam-se nas carteiras: o BNY Mellon Euroland Bond que representa as obrigações empresariais, o F&C Global Convertible Bond que é rico em obrigações convertíveis e o Skandia European Best Ideas que reúne as apostas de nove gestores.






Banco Best
Melhores desempenhos do mês


A estratégia do Banco Best começa a dar frutos: a carteira agressiva valorizou-se 2,5%.

Outubro marcou a recuperação dos portefólios recomendados pelo Banco Best. Tanto a carteira conservadora como a agressiva lideraram os ganhos deste mês. Mesmo assim, os especialistas da Direcção de Investimentos do Banco Best não se mostram completamente satisfeitos: "A 'performance' das carteiras neste último mês foi condicionada pelas apreciações mais modestas dos mercados accionistas, tanto desenvolvidos como emergentes, e nos mercados obrigacionistas."

O fundo de mercadorias é destacado pelos directores de investimento do banco. "A exposição a 'commodities' revelou-se positiva, com apreciações na generalidade das matérias-primas", dizem. O DB Platinum Commodity Euro, que está presente em ambas as carteiras, foi o fundo que mais se valorizou, ao ganhar cerca de 9% no último mês.

Os directores do Banco Best continuam a acreditar que as apostas nas temáticas da China, "agribusiness" e dividendos continuam "a fazer sentido na óptica de longo prazo presente nas carteiras". Além do bom desempenho das mercadorias, a carteira agressiva também foi empurrada pelas acções chinesas. O DWS Invest Chinese Equities, que representa 12,5% do portefólio, avançou mais de 5% no último mês. Agora, os especialistas do Banco Best substituem o BlackRock Euro Short Duration Bond pelo Pimco Total Return Bond, tornando-se, assim, na maior aposta no portefólio prudente. "Acreditamos que o 'track record' do gestor do fundo (Bill Gross) e da sociedade gestora podem constituir uma mais-valia para as carteiras", explicam.






Banco Big
Diversificação difícil

O aumento da correlação dos principais activos diminui a capacidade de diversificar.

As carteiras recomendadas pelo Banco Big continuam na senda de subida e Rui Broega, director da gestão de activos do banco, acredita que poderão continuar. "O cenário continua favorável à generalidade dos activos de risco ainda que seja importante diversificar prémios de risco e ainda que seja determinante reduzir os níveis de sensibilidade e direccionalidade das carteiras", explica o especialista. Todavia, a diversificação é cada vez mais difícil de concretizar, porque a correlação entre os vários títulos não o permite. "A invulgaridade da recente correlação positiva entre as duas principais classes de activos de risco, obrigações e acções, resulta de um conjunto de mecanismos técnicos característicos de períodos de inflação baixa, de políticas monetárias e fiscais expansionistas e de desalavancagem dos agentes económicos", conta Broega.

Para enfrentar a evolução dos mercados durante o próximo mês, o Banco Big decidiu não fazer qualquer ajuste às carteiras indicadas no mês passado. Assim, o portefólio dirigido aos leitores mais prudentes continua liderado pelo fundo Threadneedle Target Return, um produto que pretende acumular ganhos superiores à Euribor a três meses independentemente da direcção dos mercados obrigacionistas, nos quais investe. Na carteira agressiva também é um fundo de obrigações que ocupa o primeiro posto. Os gestores responsáveis pelo Invesco Euro Corporate Bond seleccionam obrigações empresariais europeias com o objectivo de atingir uma rendibilidade estável.






Deutsche Bank
Quedas são oportunidades

As correcções que possam vir devem ser aproveitadas, diz o Deutsche Bank.

Os analistas do centro de investimento do Deutsche Bank, que já levaram as carteiras recomendas a registar ganhos de 3,50% e 8,58% no primeiro trimestre desta rubrica do Negócios, continuam confiantes. "[As] quedas nos mercados deverão ser vistas como oportunidades de entrada", alertam os especialista do banco de origem alemã. Os analistas acreditam que os portefólios indicados na última edição do Investidor Privado de Setembro estão bem preparados para o que o mercado pode oferecer, pelo que o Deutsche Bank não fez qualquer alteração aos fundos recomendados. Os especialistas destacam o desempenho dos DWS Invest US Equities e do BlackRock European, que investem em acções norte-americanas e europeias, respectivamente. "A consolidação da recuperação económica mundial, consequência da recuperação dos 'stocks' e do comércio internacional, foi fundamental para este comportamento" positivo, contam os especialistas do Deutsche Bank. Contudo, o que mais ganhou desde a última edição foi o DB Platinum Commodity Euro, que escalou cerca de 9%, beneficiando da alta dos preços das mercadorias cotadas na bolsa.

De salientar o elevado nível de concentração das carteiras recomendadas pelo Deutsche Bank. Os dois principais fundos do portefólio conservador absorvem 61% do total, enquanto os dois produtos mais importantes da carteira agressiva representam 81% do investimento.


Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio