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Ganhos das carteiras chegam aos 30%

A estratégia agressiva do Deutsche Bank registou uma rendibilidade de 31,21% nos primeiros 19 meses das recomendações dos supermercados de fundos. A melhor carteira prudente é a do ActivoBank: ganhou 13,14% no mesmo período. Em Fevereiro, o Banco Best é o único a mexer nos portefólios.

03 de Março de 2011 às 08:44
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Conheça a evolução de oito carteiras de fundos




As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Queda dos mercados emergentes contornada

Os investidores de todo o mundo estão a fugir das bolsas dos mercados emergentes. Os especialistas explicam que é uma fuga da incerteza. "Para além dos receios sobre o crescente endurecimento da política monetária, num contexto de forte subida dos preços das matérias-primas agrícolas, também o risco político destes países foi reavivado pelas revoltas populares no Egipto e noutros países do mundo árabe. Os recentes acontecimentos permitem recordar aos investidores de que os países emergentes (muitos dos quais ainda não têm democracias consolidadas) oferecem interessantes oportunidades de crescimento, mas também importantes riscos", explica Gonçalo Gomes, da direcção de marketing do ActivoBank.

O dinheiro retirado dos fundos de acções de mercados emergentes está a ser reinvestido nos chamados mercados desenvolvidos. "Desta forma, não surpreende que os mercados accionistas desenvolvidos (MSCI World) tenham valorizado 1,66% (em euros) no período em análise [semana que terminou em 2 de Fevereiro], o que contrasta com a desvalorização de 5,38% (em euros) dos mercados accionistas emergentes (MSCI Emerging Markets)", contabiliza Gonçalo Gomes. As carteiras recomendadas pelo ActivoBank saíram incólumes deste efeito, porque os portefólios desenhados pelos especialistas dos bancos não têm exposição directa aos mercados emergentes. Aliás, nenhum fundo recomendado apresentou uma desvalorização no último mês.





Banco Best
Encurtar a maturidade das obrigações

Numa altura em que a inflação começa a subir um pouco por todo o mundo, o risco da subida das taxas de juro começa a pairar sobre os fundos de obrigações. Se as taxas de juro começarem a subir aceleradamente, o valor das obrigações detidas pelos gestores de fundos cairá a pique, porque os cupões pagos por elas serão menos atraentes em relação a aplicações como depósitos a prazo.

Foi a pensar num eventual aumento das taxas de juro que a Direcção de Investimentos do Banco Best decidiu trocar a posição no fundo Pimco Total Return Bond por uma participação no Schroder Strategic Bond. "O fundo da Schroders tem uma duração mais reduzida, o que diminui o impacto de uma potencial subida das taxas de juro", explicam os especialistas do banco. A duração do Schroder Strategic Bond, isto é, o tempo que falta em média para as obrigações em carteira se vencerem, é ligeiramente inferior a dois anos.

O Schroder Strategic Bond investe em títulos de dívida de todo o mundo, em particular dos Estados Unidos da América. No início de Fevereiro, os gestores responsáveis, Bhupinder Bahra e Frederick Bourgoin , elegiam as obrigações da Government National Mortgage Association e da Federal Home Loan Mortgage Corporation (conhecidas por Ginnie Mae e Freddy Mac) como principais escolhas, secundadas por títulos do tesouro estado-unidense. O fundo seleccionado pelo Banco Best tem cobertura cambial.





Banco BIG
JPMorgan Global Focus rende 5%

Fevereiro foi um mês tranquilo para os portefólios de fundos recomendados pelo Banco Big. Nenhum dos produtos indicados por Rui Broega, o director da gestão de activos da entidade financeira, apresentou uma desvalorização durante o último mês. Há, no entanto, um destaque: o JPMorgan Global Focus valorizou-se ligeiramente mais do que 5%.

O JPMorgan Global Focus não é uma ideia exclusiva do Banco Big: ActivoBank e Banco Best também o recomendam nas suas carteiras de investimento. Contudo, é Rui Broega quem mais confia no produto da JPMorgan Asset Management. O portefólio agressivo do Banco Big coloca um quinto do capital nesse produto, o mesmo que disponibiliza para o Invesco Euro Corporate Bond.

O fundo JPMorgan Global Focus investe numa carteira diversificada de acções de pequenas, médias e grandes empresas mundiais sobre as quais o gestor, Jeroen Huysinga, acredite que estão a um preço atractivo e que têm um elevado potencial de subida. Segundo as últimas informações da sociedade gestora, a maior aposta do responsável de origem holandesa são as acções da petrolífera Royal Dutch Shell. A seguir surgem os nomes da química francesa Rhodia, da norte-americana Cisco Systems e da canadiana InterOil. Ele não tem qualquer acção portuguesa. No último ano, o JPMorgan Global Focus rendeu cerca de 18%.





Deutsche Bank
Mexidas evitadas por motivos fiscais

O Deutsche Bank volta a liderar a lista das estratégias mais rentáveis em Fevereiro. Desde que esta rubrica foi lançada pelo Negócios em Julho de 2009, a carteira agressiva desenhada pelos responsáveis pela área de investimentos do banco de origem alemã valorizou 31,21%, o que se traduz num ganho anual de 18,96%. Embora ainda seja cedo para festejar (recorde-se que a estratégia está desenhada para aplicações a cinco anos), é uma marca que pode surpreender muitos investidores.

Em Fevereiro, o Deutsche Bank decidiu mais uma vez manter os portefólios inalterados. "Fiscalmente é eficiente e [consideramos] que as carteiras estão bem posicionadas para enfrentar as actuais condições dos mercados", avisam os especialistas. Ao não proceder a resgates de fundos, as mais-valias continuam a capitalizar porque não são alvo de tributação enquanto o dinheiro ganho não passar efectivamente pela conta bancária. No entanto, os responsáveis do Deutsche Bank dizem que deverá haver uma revisão no próximo mês.

Apesar da perda de quase 3% do fundo DB Platinum Commodity Euro nas últimas quatro semanas, a carteira agressiva voltou a subir graças à escalada dos restantes três produtos que compõem essa estratégia. O BlackRock European foi o melhor ao valorizar quase 5%.


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