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Acções presenteiam carteiras com ganhos

As estratégias dos quatro supermercados de fundos aproveitam a alta das acções na época natalícia para capitalizar. A rendibilidade anual das carteiras está próxima dos 10 por cento. Alguns especialistas preferem agora fugir da dívida pública para as obrigações empresariais ou para as acções.

28 de Dezembro de 2010 às 09:00
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Conheça oito carteiras de fundos




As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.






ActivoBank
Carteira agressiva regista maior subida

O portefólio agressivo estruturado pela equipa do ActivoBank foi o que mais avançou desde a última edição das recomendações dos supermercados de fundos, publicada no final de Novembro. Os seis fundos eleitos pelo banco levaram a carteira a um ganho de 3,65 por cento, graças à subida dos mercados de acções. "Esta evolução resulta da procura dos investidores por activos com maior risco (como acções e matérias-primas), denotando a progressiva normalização dos mercados financeiros", explica Gonçalo Gomes, da Direcção de Marketing do ActivoBank. "Apesar da continuada preocupação com a saúde das finanças públicas na periferia europeia, as notícias na economia mundial continuam a ser largamente positivas, o que tem impulsionado os mercados accionistas para novos máximos", revela o especialista. "Não surpreende que os fundos das nossas carteiras com melhor desempenho nos últimos 30 dias tenham sido, uma vez mais, os de acções." O Fidelity Germany, o fundo de acções alemãs presente na estratégia agressiva, foi o que mais se valorizou, porque está alavancado ao crescimento da economia global, esclarece Gonçalo Gomes. A segunda maior subida foi a do DWS Invest Gold and Precious Metals Equities, que investe em acções de empresas do sector dos metais preciosos, que beneficiou da escalada do preço do ouro nas praças internacionais.





Banco Best
Redução de obrigações no portefólio defensivo

Depois do Pimco Total Return Bond ter conduzido a carteira prudente a uma queda ligeira nas últimas semanas, a Direcção de Investimentos do Banco Best optou por reduzir o peso desse fundo de 40 por cento para 35 por cento do capital aplicado nesse portefólio. A receita da alienação foi aplicada no segmento que mais avança: as acções. Os responsáveis do Banco Best incrementaram a posição da carteira prudente nos fundos Franklin Mutual Global Discovery e JPMorgan Europe Strategic Dividend. O primeiro, gerido por Philippe Brugère-Trélat, investe a nível mundial em acções. O segundo, da responsabilidade de Michael Barakos, procura acções europeias que paguem dividendos elevados, como a Nestlé e a Royal Dutch Shell.

Devido à sua maior exposição ao mercado accionista, a carteira agressiva ganhou ao longo do último mês, colocando a sua rendibilidade anual acima de 11 por cento. Ao acumular cerca de 4,7 por cento, o Pimco Commodities Plus Strategy foi o que mais subiu. Saumil Parikh, o gestor que lidera a administração deste fundo, investe numa carteira de contratos sobre mercadorias, como petróleo e bens agrícolas. A segunda maior valorização foi obtida pelo JPMorgan Africa Equity. As acções africanas incluídas neste produto, como a operadora de telecomunicações MTN e o Standard Bank da África do Sul, encaminharam o fundo para um ganho de quatro por cento no último mês.





Banco BIG
Acerto de final de ano

Rui Broega, o director da gestão de activos do Banco Big, encetou alterações profundas às duas carteiras de fundos recomendadas pela instituição financeira. No portefólio mais conservador, a opção foi a de reduzir o risco. "A incerteza quanto ao rumo dos défices públicos europeus e a especulação sobre a possível intervenção do Fundo Monetário Internacional, nomeadamente nos países da periferia europeia, coloca dúvidas no rumo que as principais classes de activo de risco tomarão nos próximos meses", avisa Broega. Assim, a posição nos fundos de obrigações BNY Mellon Euroland Bond, BlackRock Euro Bond e Invesco Euro Corporate Bond foi incrementada. Além disso, o JPMorgan Income Opportunity estreou-se no portefólio "com o propósito de poder usufruir de um maior dinamismo na alocação multissectorial no mercado de obrigações", explica o director do Banco Big.

Na parte accionista da carteira agressiva, Rui Broega continua a preferir empresas boas pagadoras de dividendos, embora tenha trocado um fundo de acções europeias por um de acções mundiais (ING Global High Dividend). "A exposição cambial será outra temática na carteira com a qual monitorizaremos a evolução do câmbio euro-dólar na expectativa de capitalizar uma correcção do euro para níveis mais equilibrados com a conjuntura económica europeia", esclarece o especialista.






Deutsche Bank
Desempenho roça os 27 por cento

A carteira agressiva desenhada pelos especialistas do Deutsche Bank alcançaram a marca mais elevada de sempre desta rubrica de recomendações de fundos. O portefólio, que está concentrado em apenas quatro produtos de investimento, atingiu uma rendibilidade de 26,98 por cento desde Julho de 2009, o que é equivalente a um ganho anual de 18,80 por cento. Só no último mês, a estratégia da sucursal do banco alemão em Portugal rendeu ligeiramente mais de três por cento. "[Os] bons resultados empresariais e fundamentais macroeconómicos deram, finalmente, origem a fortes subidas nos mercados accionistas globais", explicam os responsáveis da Direcção de Investimentos do Deutsche Bank. O BlackRock European, o fundo de acções europeias que absorve um terço do capital aplicado na carteira agressiva, foi o que mais contribuiu para a valorização da estratégia: o produto ganhou cerca de 5,5 por cento no último mês. "A recuperação económica global tem avançado, mas os riscos de abrandamento continuam elevados. A recuperação no G4 é frágil em grande parte porque as medidas necessárias para que os estímulos passem da esfera pública para a esfera privada ainda não estão implementados. Nos Estados Unidos, o sector industrial tem sido uma das poucas histórias de sucesso numa recuperação em larga medida desapontante", avisam os especialistas do Deutsche Bank.

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