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Saiba como funciona um fundo de investimento

Estão entre os instrumentos mais simples, cómodos e baratos. Conheça o processo por detrás de uma aplicação num fundo de investimento

10 de Dezembro de 2010 às 09:00
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Para a maioria dos investidores, as vantagens dos fundos de investimento são muito mais relevantes que as poucas desvantagens que podem haver. Para começar, é barato investir nos fundos, porque os custos são diluídos por centenas ou milhares de aforradores. Os custos operacionais de investir directamente no mercado, como as comissões de bolsa, representariam uma factura muito superior. Além disso, são fáceis de entender, porque, regra geral, seguem uma política de investimento muito bem delineada. Os organismos de investimento colectivo, como também são conhecidos, permitem, ainda, o acesso a mercados distantes não alcançáveis de outra forma e fornecem um aforro diversificado, porque as carteiras tendem a ter dezenas ou centenas de activos, o que reduz o risco. Embora haja muitas vantagens, antes de investir num fundo deve compreender como funciona. Conheça, de modo simplificado, o que está implícito no seu aforro.


1. Regulamento de gestão bem definido
Quando criam um fundo, os gestores definem a política de investimento. Pode apostar em acções ou obrigações, mas também pode ser muito selectivo escolhendo, por exemplo, só acções europeias do sector da saúde. Os pequenos investidores que se revejam nessa política de investimento entregam as suas poupanças ao gestor para ele fazer a sua administração. Nesse acto de subscrição, há gestores que cobram uma comissão de entrada. A vantagem da união do dinheiro dos pequenos investidores está nas economias de escala: fica mais económico investir tudo junto.


2. Gestores têm carta branca dos investidores
Com o capital de muitos aforradores, o gestor compra activos para a carteira do fundo de investimento. Podem ser empresas, imobiliário, mercadorias e todos os outros títulos transaccionados na bolsa. O gestor não tem de justificar as suas operações aos pequenos investidores porque eles deram-lhe carta branca para investir dentro dos parâmetros da política de investimento. No entanto, muitos divulgam um relatório mensal para manter os investidores a par do mercado.


3. Exige-se muita atenção à evolução do mercado
À medida que o tempo passa, os activos valorizaram-se e desvalorizam-se e pagam juros e dividendos. O trabalho do gestor consiste em acompanhar a evolução do mercado e em realizar as operações de compra e venda que entenda necessárias para maximizar as rendibilidades dos investidores. Pelo seu acompanhamento diário, o gestor factura uma comissão de gestão. Paralelamente, a instituição financeira que guarda os títulos (que pode não ser a mesma que emprega o gestor) cobra uma comissão de depósito.


4. Investidores podem pedir o reembolso quando quiserem
Regra geral, todos os dias o gestor avalia a carteira e calcula uma cotação para cada unidade de participação do fundo de investimento. Os pequenos investidores que, por algum motivo, queiram as suas poupanças de volta podem solicitar o resgate das suas unidades de participação. Um dos motivos válidos para pedir o reembolso é não estar satisfeito com o desempenho do fundo. Num prazo pré-definido, o dinheiro chega-lhes às contas bancárias, mas, algumas vezes, reduzido de uma comissão de resgate.


5. Há protecção contra abusos dos gestores
Os pequenos investidores estão parcialmente protegidos, caso o gestor abuse da sua posição. Os participantes, reunidos em assembleia geral, podem deliberar dissolver o fundo. No limite, se não encontrarem dinheiro suficiente no fundo, podem solicitar o accionamento do Sistema de Indemnização aos Investidores. Este sistema, que funciona junto da entidade supervisora da indústria de fundos, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, garante até 25 mil euros por investidor.
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