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Investidores fogem da Europa de olho nos máximos nos EUA

A forte instabilidade gerada pelo Brexit está a afastar os investidores das acções europeias. EUA e emergentes estão a captar o investimento.

17 de Julho de 2016 às 21:40
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Apesar da recuperação registada pelas bolsas europeias nos últimos dias, os investidores continuam a evitar a região, face à instabilidade que permanece após o referendo britânico. Nunca os resgates nos fundos de acções europeias foram tão elevados, com os investidores a trocarem o Velho Continente pelos EUA e emergentes.

Os fundos de acções europeias registaram subscrições líquidas negativas de seis mil milhões de dólares na segunda semana de Julho, o que representa um novo recorde, segundo os dados da EPFR. Os resgates ocorreram num período positivo para as bolsas europeias, porém a expectativa de que a volatilidade continue elevada está a levar os investidores a procurarem refúgio noutras regiões, como os EUA.

"Os investidores voltaram-se para os EUA, com os fundos  de acções americanas a registarem as maiores subscrições desde o terceiro trimestre de 2015, e para os mercados emergentes", explica a nota da EPFR. Este investimento em acções americanas decorre num momento em que as bolsas dos EUA voltam a destacar-se, com o americano S&P 500 a renovar máximos históricos.

O relatório refere que esta aposta "reflecte um maior consenso de que a Reserva Federal vai, face à fragilidade da economia global, ter muitas dificuldades em justificar qualquer subida de juros durante a segunda metade de 2016". Além da fuga da Europa para os EUA, a semana demonstra ainda maior apetite pelo sector do ouro.

Fundos com resgates

No mercado nacional, a tendência foi também de resgates. Os investidores tiraram 222,4 milhões de euros dos fundos no último mês, elevando para 782,5 milhões as saídas registadas em 2016. Segundo os dados divulgados pela APFIPP, os fundos de mercado monetário euro foram a categoria que perdeu mais investimento em Junho. Já os fundos de curto prazo euro continuam a contrariar os resgates, o que mostra a aposta dos investidores em activos considerados mais seguros.

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