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Wall Street envia máscaras e vinhos para agradar clientes

Os fundos de investimento de Wall Street não vão permitir que a pandemia e protestos os impeçam de ganhar clientes.

Reuters
06 de Junho de 2020 às 18:30
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Como reuniões em churrascarias já não são uma opção, as noites em Nova Iorque estão a ser substituídas por degustações de vinhos por videoconferência e concertos online. Também existem pacotes de cuidado pessoal adaptados aos novos tempos - repletos de máscaras - e doações a bancos de alimentos e instituições de caridade.

As paralisações desencadeadas pela pandemia do coronavírus, agora agravadas por protestos e recolher obrigatório, levam gestores de ativos que supervisionam produtos como fundos de investimento e fundos de índices a procurarem novas maneiras de atrair remotamente a atenção de clientes ricos, investidores institucionais e consultores financeiros. Tal, muitas vezes, significa socializar no mundo virtual.

A pandemia acelera uma mudança que já estava em andamento. "Gestores de ativos estão a perguntar-se: "Precisamos de nos ver cara a cara como antes?’ E a resposta é: provavelmente não", afirma Amanda Walters, diretora da Casey Quirk, uma divisão da Deloitte Consulting.

Artistas de música country, como Darius Rucker e Luke Bryan, fizeram apresentações a partir de casa para clientes com altos rendimentos da AllianceBernstein, num concerto virtual no mês passado para uma campanha de ajuda da covid-19, disse Adam Sansiveri, diretor-gerente da empresa. A empresa também realiza degustações de vinho e queijo para clientes abastados com um sommelier remoto.

A JPMorgan Asset Management inundou o calendário com mais de 170 eventos virtuais desde meados de março, segundo uma fonte com conhecimento do assunto.

A Nuveen, subsidiária da Teachers Insurance and Annuity Association of America, possui um programa que permite que os clientes direcionem doações de cerca de 5 mil dólares a bancos de alimentos e instituições de caridade à sua escolha.

Muitos no setor acreditam que o entretenimento virtual de clientes não deve durar, sobretudo se surgir uma vacina, e que as reuniões pessoais voltarão a ser a norma.

Mas qualquer retorno será gradual, defende Jim Hirschmann, diretor-presidente da gestora de títulos de dívida Western Asset, afiliada independente da Legg Mason, que administra cerca de 448 mil milhões de dólares.

"O nosso negócio tem-se tradicionalmente  baseado em confiança", disse. "Tem de se ganhar isso. É difícil ganhar a menos que passe algum tempo com alguém pessoalmente. E isso será um desafio para todos."

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