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UBS põe água no fervilhar das bolsas

A escalada das acções, nas últimas semanas, reavivou o interesse dos investidores pelas bolsas. É notório um aumento do apetite pelo risco, na perspectiva de retornos elevados. Contudo, continua a exigir-se cautela. É pelo menos essa a recomendação do UBS.

18 de Maio de 2009 às 00:01
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A escalada das acções, nas últimas semanas, reavivou o interesse dos investidores pelas bolsas. É notório um aumento do apetite pelo risco, na perspectiva de retornos elevados. Contudo, continua a exigir-se cautela. É pelo menos essa a recomendação do UBS.

O banco suíço aconselha mesmo os investidores a reduzirem a exposição aos mercados. Porquê? A "culpa" é da economia, que poderá ditar novas quedas nas praças mundiais.

"As expectativas de uma recuperação da economia global deverão diluir-se", consideram os economistas Larry Hatheway e Kenneth Liew.

"As condições económicas globais são frágeis e a confiança dos investidores instável", acrescentam, numa nota de investimento a que o Negócios teve acesso. "A confiança nos sinais de recuperação está agora ameaçada por indícios de fraqueza nos gastos dos consumidores dos EUA".

Os gastos dos norte-americanos cresceram a "uma taxa anualizada de 2,2% durante o primeiro trimestre, o que parece ter contribuído para uma recuperação no comércio mundial. Contudo, a recuperação no consumo ocorreu durante a primeira parte do trimestre. Os gastos caíram 0,2% em Março e, na última semana, os números das vendas a retalho apontam para uma nova contracção em Abril", sublinham os economistas do UBS.

Os sinais de estabilização em alguns dos indicadores mais relevantes da economia, especialmente nos EUA, sustentaram, em parte, o "rally" que se verificou desde o início de Março. Neste período, o MSCI World, o índice de acções global, disparou 34%, ganho para o qual contribui, igualmente, a projecção de lucros no sector financeiro e uma época de resultados melhor do que o esperado.

Assistiu-se a um regresso em força dos investidores às bolsas de todo mundo. Mas, agora, o UBS vem refrear os ânimos. Dada a fragilidade da economia, reviu em baixa a recomendação para os investimentos em acções. Aconselha a diminuir a exposição a este tipo de activos e, ao mesmo tempo, a "apostar" noutros mais "resistentes". Obrigações de dívida pública, e também títulos de dívida privada são, agora, as opções defendidas pelos economistas do UBS.

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