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Morgan Stanley sobre preço-alvo para a EDP
A Morgan Stanley subiu hoje o preço-alvo da Energias de Portugal de 2,35 para 2,45 euros por acção, mas o banco de investimento assinala que as muitas incertezas que rodeiam a empresa, relacionadas com a regulação, possíveis alterações na gestão e nova po
A Morgan Stanley subiu hoje o preço-alvo da Energias de Portugal de 2,35 para 2,45 euros por acção, mas o banco de investimento assinala que as muitas incertezas que rodeiam a empresa, relacionadas com a regulação, possíveis alterações na gestão e nova política energética, limitam o potencial de valorização da eléctrica nacional.
A subida do preço-alvo, de 2,35 para 2,45 euros, está relacionada com a nova avaliação às subsidiárias brasileiras, na sequência da entrada em bolsa da Energias do Brasil.
A recomendação mantém-se em «equal-weight», pois a Morgan Stanley considera que há ainda muitas incertezas à volta da EDP [edp].
Uma delas prende-se com as questões regulatórias, com a definição do tarifário eléctrico por parte da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e o resultado «não deverá ser positivo», refere a equipa de analistas liderada por Julian Garcia.
A Morgan Stanley está à espera que ERSE baixa a taxa de retorno dos activos da EDP Distribuição de 8,5% para 8%, ficando o factor de eficiência nos 4,5%. Este cenário suporta o preço-alvo de 2,45 euros, e o banco de investimento assinala que a avaliação das acções da eléctrica pode subir par 2,6 euros, se a ERSE mantiver a taxa de 8,5%.
Contudo, se a ERSE decidir baixar a taxa de 8,5% para 7,5%, o preço-alvo da EDP desce para 2,20 euros, abaixo da actual cotação.
Quanto a outras incertezas, a Morgan Stanley assinala que o mandato da actual gestão da EDP termina este ano e o Governo português poderá implementar alterações, o que iria provocar um atraso na implementação do novo plano de negócios. Os analistas salientam que este ano a EDP já não irá realizar a sua habitual reunião anual em Londres para actualizar a sua estratégia.
Outro factor a afectar, de forma negativa, a estratégia da EDP está o facto de o Executivo português ter alterado a sua política energética, apostando no aumento da concorrência em Portugal.
A Morgan Stanley reviu em baixa as previsões de resultados para a EDP, descendo a previsão para os lucros por acção deste ano de 19 para 17 cêntimos e o de 2006 de 20 para 18 cêntimos.
Esta alteração está relacionada com o atraso na entrada em funcionamento das novas centrais de ciclo combinado e dos parques eólicos em Portugal.
As acções da EDP seguiam a descer 0,87% para os 2,27 euros.