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Inquérito da Bolsa de Londres mostra que maioria quer menos horas de negociação

Um inquérito realizado pela bolsa de Londres mostrou que a maioria dos intervenientes preferia uma redução do atual horário da negociação.

Reuters
06 de Junho de 2020 às 14:00
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A maioria dos intervenientes das bolsas dos Reino Unido quer uma redução do horário na negociação de ações o que, segundo os entrevistados, poderia melhorar a liquidez e a diversidade da indústria, de acordo com os resultados de uma pesquisa da Bolsa de Londres.

"Uma maioria significativa dos entrevistados foi adepta dos argumentos de que uma redução do horário do mercado poderia levar a melhorias na diversidade e no bem-estar", disse a London Stock Exchange (LSE) ao divulgar o resultado do seu inquérito, sem divulgar o percentual de pessoas que se mostraram favoráveis à redução do horário.

A maioria dos mais de 140 entrevistados disse que qualquer mudança precisaria de uma abordagem unificada nas bolsas europeias e noutras plataformas de negociação, de acordo com a LSE. Diante disso, a bolsa disse que aguardará os resultados dos inquéritos noutras bolsas europeias sobre o horário de funcionamento do mercado, que é de oito horas e meia e supera o dos EUA em duas horas.

Os resultados da sondagem reforçam uma proposta de dois órgãos profissionais para reduzir o horário do mercado europeu por razões que incluem a concentração de liquidez na primeira e na última hora de sessão, o curto espaço de tempo entre a divulgação dos comunicados corporativos à imprensa e a abertura do mercado e a necessidade de melhorar o equilíbrio entre vida e trabalho e a diversidade nas instituições financeiras.

A Associação de Mercados Financeiros da Europa (AFME) e a Associação de Investimentos dos gestores de ativos do Reino Unido pediram às bolsas em novembro que se considerasse um corte de 90 minutos no período diário atual de negociação.

O inquérito da bolsa de Londres foi realizada no período de dezembro de 2019 a janeiro de 2020, com entrevistados que variam de investidores individuais a bancos de investimento globais. A bolsa informou que também vai monitorizar se o período de trabalho remoto devido à pandemia de coronavírus alterou os pontos de vista sobre horários mais curtos de negociação. 

A maioria dos entrevistados foi favorável ao funcionamento do mercado das 9:00 às 16:00, o que significaria um delay de uma hora para a abertura dos negócios e um encerramento 30 minutos antes. Alguns defendiam um horário das 9:00 às 16:30 ou das 9:30 às 16:30. Uma minoria defendeu a manutenção do horário atual, disse a LSE.

Mesmo que o horário de negociação fosse reduzido para sete horas, como prefere a maioria dos entrevistados, o período diário europeu de negociação ainda seria mais longo do que nos EUA e no Japão e se sobreporia aos mercados americanos. 

Embora a maioria dos entrevistados tenha dito que uma redução do horário melhoraria a velocidade e a liquidez, "muito poucos" acreditam que isso resultaria num aumento nos volumes de negociação, de acordo com a LSE.

A capitalização do Stoxx Europe 600 Index é cerca da metade da do S&P 500 e a rotatividade média no benchmark europeu nos últimos 12 meses é cerca de 40% menor que em Wall Street.
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