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Gabriela Figueiredo Dias: Todos os incentivos serão inoperantes se investidor não quiser investir

A presidente da CMVM alerta que não bastam incentivos para atrair novos investidores para o mercado.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Outubro de 2019 às 10:07
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A redução dramática do número de novas empresas em bolsa é uma das preocupações da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), uma vez que se trata de uma questão que penaliza o investidor. Para a presidente do regulador é, por isso, fundamental dinamizar o mercado. Mas Gabriela Figueiredo Dias alerta que não bastam incentivos para trazer os investidores novamente para os mercados. 

 

"Todos os incentivos serão inoperantes se os investidores não estiverem disponíveis para investir", alertou Gabriela Figueiredo Dias, numa conferência organizada pela CMVM, no âmbito da semana mundial do investidor. A responsável lembrou que é preciso promover a confiança dos investidores, bem como alertar para a necessidade de poupar para o futuro.

 

Referindo-se à "redução dramática" das dispersões em bolsa nos últimos anos, a presidente da CMVM realçou que a entidade está a preparar um conjunto de conclusões sobre o impacto desta realidade, mas uma das conclusões que se pode tirar é que "este emagrecimento do mercado penaliza o investidor", devido ao menor número de empresas e à quebra da liquidez. 

 

O investimento em fundos passivos também mereceu um comentário da presidente da CMVM, referindo que este investimento torna o investidor "refém" dos títulos nos índices. 

 

Digitalização gera riscos

 

Outro dos temas em destaque é a digitalização. Apesar de destacar a importância das potencialidades geradas pelo desenvolvimento tecnológico, como o big data ou a inteligência artificial, Gabriela Figueiredo Dias realça que isto traz também riscos acrescidos para a proteção dos investidores. 

 

"A digitalização é um fator de exclusão da população mais idosa", apontou a responsável, acrescentando ainda a necessidade de reforçar a educação financeira e sensibilizar os investidores para estes temas, isto numa altura em que é cada vez mais importante Constituir uma poupança para complementar a reforma.

 

"O apelo à poupança é também um alerta quanto à importância de planearmos o nosso futuro", alertou.

 

O blokchain é outra das tecnologias que, na opinião de Gabriela Figueiredo Dias pode trazer riscos adicionais. "Pode incentivar escolhas de investimento mais comunitárias e menos informadas", argumenta

 

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