Notícia
EUA ponderam deixar Moscovo reembolsar dívida em dólares
No próximo prazo, 27 de maio, está em causa o pagamento de 100 milhões de dólares de juros relativos a duas obrigações, uma sobre um pagamento em dólares, euros, libras ou francos suíços, e outra, que pode ser paga em rublos.
11 de Maio de 2022 às 08:04
Os EUA admitem deixar expirar ou prolongar uma exceção às sanções que permite à Federação Russa continuar a reembolsar a sua dívida, e assim evitar o incumprimento, declarou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, na terça-feira.
Esta possibilidade é "algo que está a ser examinado ativamente neste momento", disse, acrescentando: "Queremos garantir que compreendemos quais as consequências potenciais da expiração da autorização".
Esta isenção, decidida no final de fevereiro, permite à Federação Russa, apesar das sanções aplicadas pelo Tesouro dos EUA, continuar a reembolsar a sua dívida em dólares existentes na Federação Russa. Mas esta isenção expira em 25 de maio, dois dias antes do próximo pagamento.
Pelo contrário, a Federação Russa não pode reembolsar a sua dívida com os dólares detidos nos bancos norte-americanos, no quadro das sanções reforçadas aplicadas por Washington, em 05 abril. Moscovo procurou então pagar em rublos uma dívida em dólares.
"Ainda não tomámos uma decisão", mas isso vai acontecer "rapidamente", acrescentou Yellen, durante uma audição no Senado.
"Estamos a avaliar ativamente o risco e o impacto da renovação da isenção", realçou.
No próximo prazo, 27 de maio, está em causa o pagamento de 100 milhões de dólares de juros relativos a duas obrigações, uma sobre um pagamento em dólares, euros, libras ou francos suíços, e outra, que pode ser paga em rublos.
O governo russo tem ainda pela frente 12 pagamentos em 2022.
A governadora do banco central russo, Elvira Nabioullina, tinha garantido em 29 de abril que "não se pode falar de incumprimento", apesar de reconhecer que Moscovo enfrenta "dificuldades de pagamento".
A dívida externa da Federação Russa, segundo o seu Ministério das Finanças, situa-se entre 4,5 biliões (milhão de milhões) e 4,7 biliões de rublos (cerca de 63 mil milhões de euros), ou seja, 20% da dívida pública total.
A Federação Russa falhou o pagamento da sua dívida interna em rublos durante a crise financeira de 1998, mas cumpriu sempre as suas obrigações com a dívida externa desde 1918, quando o líder bolchevique Vladimir Lenine recuou reconhecer a dívida herdada do regime czarista, derrubado pela revolução de 1917.
Esta possibilidade é "algo que está a ser examinado ativamente neste momento", disse, acrescentando: "Queremos garantir que compreendemos quais as consequências potenciais da expiração da autorização".
Pelo contrário, a Federação Russa não pode reembolsar a sua dívida com os dólares detidos nos bancos norte-americanos, no quadro das sanções reforçadas aplicadas por Washington, em 05 abril. Moscovo procurou então pagar em rublos uma dívida em dólares.
"Ainda não tomámos uma decisão", mas isso vai acontecer "rapidamente", acrescentou Yellen, durante uma audição no Senado.
"Estamos a avaliar ativamente o risco e o impacto da renovação da isenção", realçou.
No próximo prazo, 27 de maio, está em causa o pagamento de 100 milhões de dólares de juros relativos a duas obrigações, uma sobre um pagamento em dólares, euros, libras ou francos suíços, e outra, que pode ser paga em rublos.
O governo russo tem ainda pela frente 12 pagamentos em 2022.
A governadora do banco central russo, Elvira Nabioullina, tinha garantido em 29 de abril que "não se pode falar de incumprimento", apesar de reconhecer que Moscovo enfrenta "dificuldades de pagamento".
A dívida externa da Federação Russa, segundo o seu Ministério das Finanças, situa-se entre 4,5 biliões (milhão de milhões) e 4,7 biliões de rublos (cerca de 63 mil milhões de euros), ou seja, 20% da dívida pública total.
A Federação Russa falhou o pagamento da sua dívida interna em rublos durante a crise financeira de 1998, mas cumpriu sempre as suas obrigações com a dívida externa desde 1918, quando o líder bolchevique Vladimir Lenine recuou reconhecer a dívida herdada do regime czarista, derrubado pela revolução de 1917.