Os depósitos das famílias nos bancos em Portugal totalizavam 183,2 mil milhões de euros em abril, mais mil milhões do que em março de 2024. Os depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e depósitos com pré-aviso) subiram 500 milhões de euros, de acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

"Relativamente a abril de 2023, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes cresceu 5%, a maior taxa de variação anual desde dezembro de 2022", aponta o Banco de Portugal, em comunicado.

Já os depósitos das empresas nos bancos residentes avançaram 900 milhões de euros desde março para um total de 65 mil milhões de euros em abril. Ao contrário do das famílias, a tendência em termos homólogos foi de queda: -0,6%. Ainda assim, a redução do mês de março foi superior (-1,2%).

Empréstimos às famílias sobem e às empresas descem

Em relação aos empréstimos a particulares, no final de abril de 2024, o montante total registou o terceiro crescimento homólogo consecutivo – avançou 0,7% –, "impulsionado pelo aumento dos empréstimos ao consumo e outros fins", refere o BdP.

O montante de empréstimos para habitação acresceu a 99,2 mil milhões de euros no quarto mês de 2024, o que representa um acréscimo de 200 milhões de euros face março e uma queda de 0,4% em relação ao período homólogo.

Já os empréstimos ao consumo atingiram 21,6 mil milhões de euros, mais 100 milhões do que em março de 2024 e um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2023.

Por seu turno, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas foi de 72,3 mil milhões de euros no final de abril de 2024, menos 400 milhões do que em março. Relativamente a abril de 2023, estes empréstimos decresceram 1,1%.

Por dimensão das empresas, os empréstimos concedidos às microempresas cresceram, em termos anuais 4,3%, enquanto as restantes tipologias, incluindo as pequenas, médias e grandes empresas, registaram taxas de variação negativas.

Já por setor de atividade, a indústria e eletricidade e o comércio, transportes e alojamento tiveram quedas homólogas de 3,8% e 2,9%, respetivamente. Pelo contrário, o setor da construção e atividades imobiliárias aumentou 2,1%.

Notícia atualizada às 12:07