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Cotadas lusas menos preocupadas com a crise

O UBS reuniu com 15 empresas da Península Ibérica na semana passada e obteve uma reacção distinta. Entre as cotadas espanholas é consensual que a forte quebra da economia vai afectar o desempenho das empresas este ano. Já as companhias portuguesas, de acordo com o banco de investimento, "não estão muito preocupadas".

10 de Julho de 2009 às 00:01
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O UBS reuniu com 15 empresas da Península Ibérica na semana passada e obteve uma reacção distinta. Entre as cotadas espanholas é consensual que a forte quebra da economia vai afectar o desempenho das empresas este ano. Já as companhias portuguesas, de acordo com o banco de investimento, "não estão muito preocupadas".

O UBS salienta que o "feedback" recebido das nove empresas espanholas contactadas não constitui uma surpresa. "A maioria das empresas passou uma mensagem negativa sobre as suas operações em Espanha: as receitas publicitárias continuam a cair, os volumes de vendas de cimento permanecem em forte queda e o crédito mal parado continua a pressionar os bancos", refere o "research" da casa de investimento helvética.

"Pelo contrário," assinala o UBS, "o ambiente macro-económico em Portugal parece mais resistente e as empresas não parecem demasiado preocupadas" com os efeitos da crise. Coincidência ou não, o UBS tem uma recomendação de "comprar" para todas as seis empresas portuguesas que visitou na semana passada: BES, Brisa, Mota-Engil, Sonae SGPS, Sonae Indústria e Zon Multimédia (ver em baixo).

O banco diz ter ficado "impressionado pela positiva" com as apresentações efectuadas pelas várias cotadas, a quem reiterou a recomendação de "comprar". Entre elas encontra-se o BES, que o UBS destaca devido ao "repricing" no crédito concedido às empresas, que representa o maior fatia dos empréstimos concedidos pelo banco de Ricardo Salgado.



Negócio sólido e com potencial

Entre as seis empresas visitadas pelo UBS, a Zon é a que apresenta o maior potencial de subida (87%). O banco de investimento destaca que um dos catalisadores para as acções seria a entrada num movimento de consolidação. Ainda assim, mesmo sozinha, a Zon oferece potencial, assinala o UBS, que considera que a empresa apresenta um negócio "sólido" e continua a ganhar quota de mercado no "triple play".







"Cash flow" e tráfego estável
Ao contrário das suas congéneres espanholas, a Brisa assinala que o tráfego nas suas auto-estradas está estável, estimando mesmo uma melhoria no segundo trimestre face aos primeiros três meses do ano. Segundo o UBS, a queda em 2009 será inferior a 10% e em 2010 poderá haver um ligeiro crescimento. O banco adianta que a empresa tem uma geração de "cash flow" estável, permitindo alavancar o balanço.







Melhor "player" do sector em Portugal
O UBS considera que a Mota-Engil é a melhor alternativa para estar presente no sector das infra--estruturas em Portugal. Destaca os quatro factores que gosta na empresa liderada por Jorge Coelho: forte posição em Portugal, elevada rentabilidade, oportunidades de crescimento e "performance" do tráfego nas suas auto-estradas. A Mota assinalou que o negócio em Portugal "está a correr bem".







O pior já passou e preços vão subir
A Sonae Indústria não espera uma recuperação rápida no debilitado mercado dos painéis de madeira num futuro próximo, mas ainda assim a gestão da empresa mostrou confiança de que o pior já ficou para trás, no que diz respeito à erosão das margens. A empresa até espera que consiga aumentar os preços em Agosto. O UBS acredita que os resultados vão melhorar a um ritmo lento, depois do negro 4º trimestre de 2008.





Fundamentais operacionais sólidos
O UBS tem uma opinião positiva para a Sonae SGPS, devido ao historial da gestão da empresa, aos fundamentais sólidos e bom valor que apresenta. O banco espera que a empresa, quando ocorrer o Dia do Investidor, agendado para Outubro, apresente perspectivas "mais coloridas". A Sonae assinalou que deverão surgir em breve novidades sobre venda e aluguer de activos imobiliários.





O banco preferido em Portugal
O Banco Espírito Santo continua a ser a instituição preferida do UBS em Portugal. Da apresentação efectuada pelo BES, o banco de investimento helvético destaca a forte base de capital da companhia liderada por Ricardo Salgado, bem como a intenção do BES em manter cautela nas operações de consolidação. O UBS acredita que, no médio prazo, o banco pode olhar para aquisições em Espanha e no Magrebe.

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