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Buffett sustenta praças americanas

As principais bolsas dos Estados Unidos terminaram em alta, com excepção do Nasdaq, que encerrou inalterado face à sessão de ontem. Os mercados foram sustentados pelos títulos financeiros, na expectativa de que o investidor Warren Buffet ajude a calmar os

12 de Fevereiro de 2008 às 21:18
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As principais bolsas dos Estados Unidos terminaram em alta, com excepção do Nasdaq, que encerrou inalterado face à sessão de ontem. Os mercados foram sustentados pelos títulos financeiros, na expectativa de que o investidor Warren Buffet ajude a calmar os mercados de concessão de crédito com a sua oferta feita hoje a algumas seguradoras.

O Nasdaq acabou por anular os ganhos que tinha registado na sessão, penalizado pelo facto de a JPMorgan ter anunciado que a Baidu.com Inc., proprietária do mais popular motor de busca da China, poderá registar um abrandamento do crescimento.

O Dow Jones [indu] fechou a ganhar 1,09%, fixando-se nos 12.373,41 pontos. O S&P 500 [spx] encerrou a subir 0,73%, nos 1.348,86 pontos. O índice compósito Nasdaq [ccmp] terminou a marcar 2.320,04 pontos, nos mesmos níveis que na véspera.

O investidor norte-americano Warren Buffet ofereceu-se para ressegurar 800 mil milhões de dólares (550,5 mil milhões de euros) da dívida municipal assumida pelas seguradoras de emissões obrigacionistas MBIA, Ambac Financial Group e FGIC.

Uma empresa recusou a oferta e as outras duas ainda não responderam, disse Buffett à CNBC.

O presidente da Berkshire Hathaway, que deu um prazo de 30 dias para que as empresas em questão se pronunciem, declarou que a sua proposta não inclui os activos relacionados com os empréstimos "subprime", que provocaram mais de cinco mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) de perdas no último trimestre de 2007.

É exactamente por essa razão que as seguradoras não parecem ter ficado muito entusiasmadas com este plano. Além de que Buffett pede um prémio superior ao que as seguradoras recebem.

No entanto, Buffett veio mostrar que há hipótese de reanimar o mercado da dívida municipal, para o qual muitos já vaticinavam um descalabro, o que contribuiu para animar os mercados.

As seguradoras de emissões obrigacionistas emprestam o seu "rating" AAA ao correspondente a 1,2 biliões de dólares de dívida municipal, mas o mercado tem mostrado receio de que esse valor se deprecie no caso de haver revisão em baixa das notações financeiras dessas empresas.

Se a dívida for ressegurada com o "rating" AAA que a Berkshire detém, os municípios também conseguirão manter as suas notações iniciais, adiantou o investidor, citado pela Bloomberg.

As cotações da MBIA e a Ambac, as duas maiores seguradoras obrigacionistas, estão ganhar bastante terreno no mercado de futuros, sustentadas pela proposta de Buffett

Novo plano para as hipotecas

Entretanto, o Bank of America, o Citigroup, a JPMorgan Chase & Co, a Wells Fargo, a Washington Mutual e a Countrywide Financial Corp anunciaram hoje novas medidas destinadas a ajudar os tomadores de empréstimos à habitação que, devido ao incumprimento das suas prestações, se arriscam a perder as suas casas.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, e as seis entidades de concessão de crédito decidiram congelar durante 30 dias as execuções de hipotecas, enquanto estão a analisar a alteração de alguns termos dos empréstimos.

Paulson e o secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano, Alphonso Jackson, anunciaram hoje que o "Projecto Lifeline" ajudará a estabilizar as comunidades afectadas pelo incumprimento nos pagamentos das prestações dos seus créditos à habitação.

Em comunicado, as entidades financeiras envolvidas neste plano anunciaram que o plano começará com uma carta aos proprietários com mais de 90 dias de atraso nos pagamentos das prestações, com procedimentos que lhes permitirão que o processo de execução hipotecária fique em modo de "pausa". Os proprietários terão 10 dias para responderem à carta e prestar informação financeira adicional, de forma a que a entidade credora possa avaliar novas opções de pagamento, refere a Bloomberg.

Segundo a CNN Money, apesar do anúncio do "Projecto Lifeline" ter sido feito em tom de optimismo, a Administração Bush advertiu que se trata apenas de uma medida de melhoria e que não garantirá ajuda a todos os proprietários de casas que correm o risco de as perder.

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