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Bolsas europeias fecham praticamente inalteradas na véspera da reunião mensal do BCE
As principais praças europeias mantiveram-se praticamente inalteradas na véspera da reunião mensal do BCE. Os analistas esperam que Mario Draghi anuncie uma redução da taxa de juro para 0,15% ou 0,10%.
Expectativa. Esta é a palavra-chave que resume a sessão das bolsas europeias desta quarta-feira, 4 de Junho. O índice Stoxx 600, que reúne as 600 principais cotadas europeias, valorizou 0,02% para 343,56 pontos.
"Existe preocupação nas variações das cotações na Europa. O Banco Central Europeu (BCE) terá de introduzir mais medidas na quinta-feira do que as antecipadas pelos investidores para que os mercados possam valorizar mais", indicou o estratega do UniCredit Bank, Christian Stocker, citado pela Bloomberg.
Na véspera da reunião mensal do BCE, que deverá ficar marcada, segundo os analistas, pelo anúncio da descida da taxa de juro de referência de 0,25% para 0,15% ou 0,10%, foram publicados os dados dos serviços (PMI) da Zona Euro e a confirmação dos números do crescimento económico no primeiro trimestre de 2014 pelo Eurostat.
A instituição pretende que a taxa de inflação volte a aproximar-se dos 2%, definida como meta ideal. Em Maio, esta taxa situou-se em 0,5% na Zona Euro.
O índice dos serviços na Zona Euro subiu de 53,1 pontos em Abril para 53,2 em Maio, o melhor registo em mais de três anos. Uma subida de 0,1 pontos que, ainda assim, ficou abaixo da leitura preliminar, que apontava para uma subida para os 53,5 pontos. Pelo décimo mês consecutivo, o índice PMI fica acima dos 50 pontos, o que significa a expansão económica da Zona Euro.
No caso do crescimento económico, o PIB subiu 0,2% na Zona Euro entre o último trimestre de 2013 e os primeiros três meses de 2014. Na comparação com o período homólogo, a subida foi de 0,9%, segundo os dados do Eurostat. No caso de Portugal, confirmou-se a contracção de 0,7% no período em cadeia. Em termos homólogos, o crescimento foi de 1,2%.
Hollande quer "suavizar" multa dos EUA ao BNP Paribas
Em França, o presidente, François Hollande, escreveu uma carta ao congénere norte-americano, Barack Obama, por causa do acordo entre as autoridades dos EUA e o BNP Paribas para pagar uma multa de dez mil milhões de dólares (cerca de sete mil milhões de euros).
O chefe de Estado francês considera que a coima é "desproporcional" e alerta para os "riscos associados" ao processo, resultante da quebra da violação da ligação entre a instituição e empresas do Irão, Cuba e Sudão. As acções do BNP Paribas valorizaram 1,16% para 51,50 euros.
O índice francês (CAC 40) recuou 0,06% para 4.501,00 pontos.
As acções da Volkswagen recuaram 1,6% para 192,60 euros, depois de a construtora alemã ter vendido acções preferenciais a 191 euros a investidores institucionais. O objectivo é financiar a aquisição dos restantes 37,4% da empresa sueca de camiões Scania por 6,7 mil milhões de euros.
A bolsa alemã (DAX) somou 0,07% para 9.926,67 pontos.
A Repsol também esteve em destaque na sessão desta quarta-feira, ao recuar 3,6% para 20,12 euros. A Petróleos Mexicanos (Pemex) anunciou a venda de 7,9% da sua participação na empresa espanhola por mais de dois mil milhões de euros.
A praça espanhola (IBEX 35) perdeu 0,20% para 10.755,60 pontos.
Em terreno positivo também fechou a Telecom Italia, ao somar 2,5% para 93,65 euros. A consultora financeira Kepler Chevreux apontou a operadora como uma das cinco acções preferidas no sector e colocou a economia do país como a que tem maior potencial na Europa em termos de produtividade e de rentabilidade.
Ainda assim, o índice italiano (MIB) perdeu 0,16% para 21.622,77 pontos.
Nas restantes praças europeias, o PSI-20 (Lisboa) valorizou 0,54% para 7.164,89 pontos, o FTSE (Londres) recuou 0,26% para 6.818,63 pontos e o AEX (Amesterdão) perdeu 0,13% para 408,07 pontos.