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Bolsa regista primeira semana de quedas desde Outubro passado (act.)
A bolsa nacional encerrou a cair e acumulou perdas semanais pela primeira vez desde Outubro, interrompendo assim uma série de 11 semanas de ganhos. O PSI-20 perdeu hoje 0,24%, pressionado pelas quedas superiores a 1% da PT e da EDP, num dia em que as praç
A bolsa nacional encerrou a cair e acumulou perdas semanais pela primeira vez desde Outubro, interrompendo assim uma série de 11 semanas de ganhos. O PSI-20 perdeu hoje 0,24%, pressionado pelas quedas superiores a 1% da PT e da EDP, num dia em que as praças europeias registaram quedas mais acentuadas.
A bolsa finalizou em queda pela primeira vez em 12 semanas, num período em que o petróleo subiu e algumas empresas norte-americanas apresentaram resultados aquém do esperado, arrastando as acções europeias para uma queda.
Após 11 semanas a subir, a maior série de ganhos semanais desde 1997, acumulando um ganho de 14,7% no período, o PSI-20 encerrou esta semana a perder 1,45%, num período marcado pela subida do petróleo e pela apresentação de resultados de empresas norte-americanas e europeias, ficando em alguns casos aquém do esperado.
Em Portugal as empresas também registaram algumas correcções para além de terem sido afectadas pelo clima negativo observado nos mercados europeus.
O PSI-20 [psi20] encerrou o dia a perder 0,24% para os 8.780,85 pontos, pressionado por oito acções em queda, enquanto nove títulos subiram e três ficaram inalterados, num dia em que voltaram a ser negociados mais de 150 milhões de euros.
A Portugal Telecom (PT) [ptc] foi o título que mais pressionou o principal índice nacional registando uma queda de 1,67% para os 8,24 euros. As acções da maior operadora nacional desceu assim pela quarta sessão consecutiva, acumulando uma descida de 4,63% neste período.
Parte da queda das acções da PT é justificada pelo sentimento negativo vivido pelo sector de telecomunicações europeu. Primeiro porque a France Télécom reviu em baixa na semana passada as estimativas de resultados para este ano, o que levou a que o sector desvalorizasse e a que houve revisões em baixa por parte de casas de investimento para o sector.
A Morgan Stanley anunciou ontem que reduziu a sua recomendação para o sector das telecomunicações europeias de «atractivo» para «em linha», mas afirma que ainda existem oportunidades para ganhos em alguns títulos específicos.
A Energias de Portugal (EDP) [edp] também depreciou 1,09% para os 2,72 euros, apesar do Citigroup ter aumentado o preço-alvo para a maior eléctrica nacional para 3,15 euros, considerando que o MIBEL vai reduzir o perfil de risco, devido à securitização dos CMEC.
A contrariar esta tendência e a evitar assim maiores perdas encerrou o Banco Comercial Português (BCP) [bcp] ao valorizar 1,25% para os 2,43 euros. Os lucros preliminares apresentados ontem pelo o banco polaco, Bank Millennium, detido em 50% pelo BCP, que atingiram os 140,7 milhões de euros em 2005 e a possível criação de um novo banco na Roménia é visto pelos analistas do BPI como «neutral» para os títulos do BCP.
O Banco BPI [bpin] também subiu 0,74% para os 4,09 euros enquanto o Banco Espírito Santo (BES) [besnn] desceu 0,37% para os 13,35 euros.
O Grupo Sonae encerrou em queda, com a Sonae SGPS [son] a recuar 0,82% para os 1,21 euros e a Sonaecom [snc] a descer 0,84% para os 3,56 euros. A Sonae Indústria [soni], no primeiro dia de admissão à negociação das acções da Sonae Indústria atribuídas aos accionistas da Sonae SGPS desvalorizou 0,6% para os 6,66 euros.
As acções da Altri [altr] valorizaram 3,16% para os 2,94 euros depois de terem subido mais de 5%. A atribuição de produção de 100 megawatts (MW) a 10 ou 12 centrais de energia através de biomassa é «positivo» para a Altri, uma vez que a empresa, ao deter os 50% da EDP Bioeléctrica, é dona da única central de produção eléctrica a partir de biomassa com uma capacidade de nove MW, de acordo com o BPI.
A Brisa [brisa] recuou 0,14% para os 7,23 euros e a Mota-Engil [egl] subiu 0,29% para os 3,40 euros, no dia em que o BPI emitiu uma nota de «research» onde afirma considerar que a notícia que diz Governo vai propor a dilatação dos prazos de concessão das auto-estradas sem custos para o utilizador é «positiva» para as duas empresas.