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Ben Bernanke deixa Wall Street em terreno positivo
Os mercados norte-americanos fecharam o dia em alta após o presidente da Reserva Federal ter garantido que o banco central não tem um calendário pré-definido para a redução do programa de estímulos à economia.
O índice industrial Dow Jones avançou 0,12% para os 15.470,52 pontos, o Nasdaq subiu 0,32% para os 3.610,00 pontos e o S&P500 valorizou 0,23% para os 1.680,02 pontos.
Os mercados accionistas reagiram em alta às aguardadas palavras de Ben Bernanke, uma vez que o presidente da Reserva Federal afirmou que “não há de modo algum qualquer calendário pré-definido” para a retirada de estímulos à economia.
“Se a perspectiva para o desemprego ficar menos favorável, se a inflação não caminhar em direcção aos 2%, ou as condições financeiras forem consideradas não acomodatícias o suficiente para nos permitir atingir os objectivos do nosso mandato, o actual ritmo de compra [de títulos de dívida] pode ser mantido por mais tempo”, disse o presidente da Fed.
Foi o que os mercados queriam ouvir. As bolsas europeias estavam em terreno negativo e passaram a registar ganhos em torno de 1% e Wall Street iniciou a sessão em alta e assim se manteve até ao final do dia.
“Os mercados estão a reagir ao facto de a Fed assegurar que não vai criar nenhuma definição arbitrária para definir quando e em quanto vai começar a reduzir o programa de compra de dívida”, afirmou um analista à Bloomberg.
Bernanke acrescentou que, por outro lado, se a economia crescer de forma mais rápida que o esperado e a inflação acelerar, “o ritmo de compra de obrigações pode ser reduzido de forma mais rápida”.
O presidente da Fed, na comunicação inicial perante o Senado dos Estados Unidos, deixou claro que os estímulos à economia só vão ser reduzidos quando a economia der sinais de crescimento mais forte, o que justifica a reacção positiva dos mercados. Os investidores temiam que a “saída de cena” da Fed representasse uma ameaça à retoma.