A bolsa nacional encerrou a cair pressionada pela queda do BCP e da EDP. O PSI-20 desceu 0,17%, num dia em que a Sonae SGPS evitou maiores perdas ao subir mais de 7%, no primeiro dia em que as acções negociaram destacadas dos direitos que serão convertidos em acções da nova Sonae Indústria.

O PSI-20 [psi20] encerrou a recuar para os 8.583,37 pontos com 11 acções em queda, seis inalteradas e apenas três a subir. Com muitos investidores ausentes para férias de Natal e passagem de ano, a liquidez foi a mais baixa das duas últimas semanas.

O Banco Comercial Português (BCP) [bcp] desceu 1,28% para os 2,31 euros, a corrigir dos ganhos recentes. O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto valorizou mais de 13% entre ontem e 20 de Dezembro, dia em que o governo romeno anunciou que o vencedor da privatização dos 61,9% do Banca Comerciala Romana (BCR).

O Banco Espírito Santo (BES) [besnn] e o Banco BPI [bpin] também depreciaram com quedas de 0,44% para os 13,54 euros e de 0,52% para os 3,86 euros, respectivamente.

A Sonae SGPS [son] cresceu 7,47% para os 1,17 euros, depois de ter subido mais de 8% e atingido o valor mais elevado desde Outubro de 2000 ao tocar nos 1,18 euros. Estes valores já estão ajustados face ao preço de ontem isto porque as acções da Sonae SGPS começaram hoje a negociar destacadas dos direitos que serão convertidos em acções da nova Sonae Indústria, o que explica o ajustamento verificado nas acções.

Assumindo a neutralidade na operação, a «holding» de Belmiro de Azevedo deveria abrir a cotar nos 1,09 euros, descontando os 0,44 euros teóricos dos direitos da «nova» Sonae Indústria.

A Sonae SGPS negociou durante a sessão mais de 29,7 milhões de acções, o que compara com uma média diária de 5,63 milhões registada nos últimos seis meses. Este foi o maior volume da empresa desde Setembro de 2003.

A Sonae Indústria SGPS [soni] encerrou inalterada nos 6,51 euros, enquanto a Sonaecom [snc] desvalorizou 1,33% para os 3,72 euros.

A Energias de Portugal (EDP) [edp] desceu 0,76% para os 2,61 euros e a Portugal Telecom (PT) [ptc], que esteve toda a sessão a subir e a evitar a queda do principal índice nacional, encerrou inalterada nos 8,48 euros. O Jornal de Negócios noticiou hoje que as mais valias subjacentes às alienações este ano de posições na Lusomundo Serviços, UOL e Primesys, de cerca de 210 milhões de euros, serão insuficientes para compensar os 300 milhões de euros em custos relativos à redução de quadros da empresa.

As outras duas empresas que contrariaram a tendência de queda foram a Jerónimo Martins [jmar] e a Impresa [ipr] que cresceram 0,16% para os 12,70 euros e 0,2% para os 5,03 euros, respectivamente.

O restante sector de «media» desvalorizou com a Media Capital [mcp] a perder 0,56% para os 7,11 euros e a Cofina [cofi] a cair 0,65% para os 3,05 euros.