Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta terça-feira a Capgemini e a Altran estarão a reagir ao anúncio de uma proposta de compra da segunda pela primeira. Em foco estarão também as relações dos EUA com a China e com o Irão, bem como a política monetária europeia e norte-americana.
A Capgemini avançou com uma proposta de compra da Altran, oferecendo 14 euros por cada ação, o que corresponde a um prémio de 22% face ao valor de fecho das ações esta segunda-feira. A oferta é "amigável" e as duas empresas estão em negociações exclusivas, de acordo com um comunicado emitido ontem. Segundo o mesmo documento, a oferta é em dinheiro e ascende a "3,6 mil milhões de euros, excluindo a dívida líquida (de cerca de 1,4 mil milhões de euros)".
As sinergias criadas por esta operação deverão traduzir-se num aumento de 25% dos resultados por ação, em 2023, estima a Capgemini. As sinergias comerciais deverão "gerar entre 200 milhões e 350 milhões de euros em receitas anuais adicionais", adianta o comunicado. O anúncio foi feito já depois do fecho das bolsas europeias, pelo que as empresas estarão a reagir na sessão desta terça-feira.
Confiança dos consumidores em França e nos EUA
Hoje serão divulgados os dados relativos à confiança dos consumidores franceses e norte-americanos em junho.
Destaque também para os números das vendas a retalho no Reino Unido e para a decisão de política monetária do banco central da Hungria. No Brasil teremos os valores da inflação de junho e a divulgação das atas da última reunião do banco central.
Membros do BCE discursam em Roma e Frankfurt
O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, discursa esta terça-feira em Roma, na Convenção Anual Associação Italiana de Bancos, sob o tema "Supervisão, riscos e rendibilidade 2019".
Outro membro do BCE, Benoit Coeuré, será orador num jantar que decorre em Frankfurt e que é organizado pelo conselho de administração e gestores de topo da International Swaps and Derivatives Association (ISDA).
Jerome Powell fala sobre desafios na economia americana
Menos de uma semana depois de ter aberto a porta a uma descida das taxas de juro já no próximo mês, o presidente da Reserva Federal dos EUA estará presente num evento em Nova Iorque. Perante o Conselho de Relações Estrangeiras, Jerome Powell vai debater os desafios que a economia norte-americana enfrenta, sendo que um corte de juros depende da evolução económica.
Ontem, o presidente norte-americano declarou que a Fed "não sabe o que está a fazer" e que age como uma "criança teimosa". Donald Trump voltou assim à carga nos seus ataques contra a Reserva Federal, dizendo que se o banco central tivesse "acertado" na condução da política monetária, o país estaria a crescer a um ritmo de 4 ou 5%.
Reunião de Trump e Xi e tensões com o Irão continuam a centrar atenções
Os investidores continuam na expectativa de um eventual desanuviar nas conversações entre os Estados Unidos e a China, com vista a um acordo comercial entre as duas maiores economias mundiais. Donald Trump e Xi Jinping, respetivamente presidentes dos EUA e da China, conversam no final da semana à margem da cimeira do G20, havendo a expetativa de que desta conversa possam sair sinais de maior aproximação entre as partes e reforçar o otimismo quanto a um acordo que ponha fim a uma disputa comercial que tem vindo a pressionar a economia global.
Por outro lado, a frente EUA-Irão continua também a centrar as atenções. No domingo, Trump anunciou novas sanções a serem aplicadas ao Irão e, apesar de não ter especificado quais, a decisão intensificou os receios de um confronto militar. E ontem ordenou a imposição de novas e "pesadas" sanções contra o líder supremo da República islâmica, o respetivo gabinete e "muitas outras" figuras relevantes do país. Trump adiantou que as sanções vão manter-se em vigor, e até serem intensificadas, até que o regime iraniano desista das suas "atividades [nucleares] perigosas".