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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta quarta-feira a primeira-ministra britânica enfrenta um teste no seu partido e em Itália serão apresentados mais pormenores sobre o programa económico para o país previsto no Orçamento para 2019 que tem gerado fortes críticas da Comissão Europeia e criado grande turbulência nos mercados.

03 de Outubro de 2018 às 07:30
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Theresa May enfrenta teste no partido

Hoje termina o congresso anual do Partido Conservador do Reino Unido. Theresa May, a primeira-ministra britânica, fará o discurso de encerramento em Birmingham. Este congresso é considerado um teste a May, numa altura em que se mantém a indefinição em torno do Brexit.

 

O governo britânico e os líderes europeus estipularam Outubro como o prazo para alcançar um acordo a tempo de ser aprovado pelo parlamento britânico e por instituições nacionais e europeias para estar em vigor no dia da saída britânica da União Europeia, a 29 de Março de 2019. 

 

Itália continua a centrar atenções 

Os mercados accionistas e obrigacionistas continuaram ontem em ebulição na Europa, devido à incerteza em torno do Orçamento de Itália para 2019, podendo hoje manter a mesma trajectória. O governo transalpino apresentou uma previsão de um défice de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos, não cumprindo assim as metas definidas com Bruxelas. Estas estimativas levaram mesmo o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a afirmar que é preciso evitar uma nova Grécia, referindo-se a Itália.

 

Entretanto, ontem ao final do dia o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio confirmou os traços gerais do Orçamento do governo de coligação, mas disse que esta quarta-feira de manhã serão apresentados mais elementos do programa económico para o país.


 

Novos dados económicos em foco

Esta quarta-feira serão divulgados dois dados importantes na Zona Euro: o índice Markit para os serviços, em Setembro [anterior: 54,7 pontos; estimativa: 54,7 pontos], e as vendas a retalho, também em Agosto [anterior: -0,2%; estimativa: 0,2%].

 

Nos EUA, o destaque irá para os números do emprego em Setembro. A ADP (sector privado) publica o relatório relativo à criação de postos de trabalho no país e a estimativa dos economistas ouvidos pela agência Bloomberg aponta para que tenham sido criados 185 mil postos de trabalho, superando os 163 mil postos do mês precedente. 


 

Dólar avança com maior aversão ao risco

A nota verde negociou ontem em alta face a praticamente todos os seus pares, numa altura em que os investidores se mostram mais avessos ao risco, atendendo às tensões comerciais, políticas e geopolíticas, e apostam mais na divisa norte-americana. O índice da Bloomberg para o dólar subiu para um máximo de três semanas.

 

Já o euro, além de ser pressionado pela robustez do dólar, esteve também a ser penalizado pelos receios em torno do Orçamento italiano para o próximo ano, que prevê um défice acima do que era pretendido pela Comissão Europeia. A moeda única europeia caiu para 1,1556 dólares, a transaccionar em mínimos de quase seis semanas naquela que foi a quinta sessão consecutiva a perder terreno.


 

Reservas de petróleo em destaque nos EUA

A Administração de Informação em Energia (sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) divulga os dados relativos aos inventários de crude dos EUA na semana passada, bem como os stocks de destilados e gasolina.

 

Na sessão de ontem, as cotações do petróleo continuaram a ganhar terreno, tendo superado a fasquia dos 85 dólares por barril em Londres – um novo máximo de Novembro de 2014. A subida recente está relacionada com as sanções dos EUA ao Irão, o que aumenta os receios em torno de quebra da oferta. Isto numa altura em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não mostram sinais de que vão compensar esta queda de fornecimento.

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