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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta terça-feira realiza-se a Assembleia Geral do BPI, onde os accionistas votarão a proposta da administração de vender 2% do Banco de Fomento Angola à Unitel de Isabel dos Santos. O mercado vai acompanhar também com expectativa os desenvolvimentos da saída do Sabadell do BCP, bem como o início da reunião de dois dias da Fed, de onde deverá sair um corte dos juros directores.

13 de Dezembro de 2016 às 07:30
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AG do BPI centra as atenções

A venda de 2% da participação do BPI no Banco de Fomento Angola (BFA) à Unitel, de Isabel dos Santos, foi a solução proposta pelo banco liderado por Fernando Ulrich para resolver a sua elevada exposição ao mercado angolano. Com esta venda, a Unitel passará a ter a maioria do capital (51%) do Banco Fomento de Angola. A concretização do acordo está dependente da aprovação do negócio em AG do BPI, que se realiza esta terça-feira, 10 de Dezembro, depois de dois adiamentos.


Na segunda-feira à noite o banco português anunciou que recebeu a 9 de Dezembro a última parcela do valor acordado para a venda de 49,9% do BFA à Unitel, no âmbito de um negócio concluído em 2008. Este pagamento era uma das condições para que possa ser concretizada a venda adicional dos referidos 2% do BFA à Unitel por 28 milhões de euros, uma operação essencial para o banco português cumprir os requisitos do BCE e baixar a sua exposição ao mercado angolano. Angola anunciou que já arranjou forma de pagar 12,5 milhões de euros ao BPI no âmbito desta etapa que se segue.



Investidores atentos à saída do Sabadell do BCP 

O espanhol Sabadell anunciou na segunda-feira, sem que ninguém o esperasse, que vai vender a sua participação no BCP. A saída do banco – que colocou à venda uma participação de 4,1% ficando apenas com 0,14% do BCP nas suas mãos - acontece depois de os chineses da Fosun terem comprado 16,7% do banco liderado por Nuno Amado num aumento de capital reservado que reduziu a posição dos restantes accionistas.

Recorde-se que a assembleia-geral do banco, que pode decidir a subida do limite de voto para 30% (como quer a Fosun) foi adiada para 19 de Dezembro. O objectivo é que também a Sonangol possa receber luz verde do BCE, já dada à Fosun, para superar a fasquia dos 20% quando os estatutos o permitirem. 



Fed inicia reunião de dois dias

A Reserva Federal norte-americana reúne-se nos dias 13 e 14, estando os investidores na expectativa de que a autoridade monetária anuncie na quarta-feira uma subida da taxa de juro directora. Os economistas inquiridos pela Bloomberg apontam para uma probabilidade de 100% de a Reserva Federal norte-americana decidir aumentar os juros nesta reunião.

A Fed iniciou o movimento de subida das taxas de juro em Dezembro do ano passado, tendo os juros directores aumentado para um intervalo compreendido entre 025% e 0,50% (desde Dezembro de 2008 que estavam fixados no mais baixo nível de sempre, entre 0% e 0,25%).



Indicadores económicos debaixo de olho

Esta terça-feira, há mais dados que ajudarão a medir o pulso às economias. Por cá, destaque para a inflação em Novembro, cujos dados serão divulgados pelo INE, bem como as contas económicas da agricultura em 2016, também apresentadas pelo Instituto Nacional de Estatística. No resto da Europa, teremos a inflação de Novembro na Alemanha, Reino Unido e Espanha e a produção industrial em Itália, além dos dados do emprego na Zona Euro referentes ao terceiro trimestre e do índice Zew de perspectivas económicas para a Zona Euro.

Na Ásia, destaque para a produção industrial e as vendas a retalho na China, em Novembro, e nos EUA sobressai a apresentação dos números relativos aos preços na importação (no mês passado).



Petróleo à espera de novos dados

O crude, que tem estado a escalar e negoceia actualmente em máximos de Julho de 2015, continua a estar sob os holofotes no universo das matérias-primas. Hoje, o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla original, que é uma entidade privada) divulga as suas estimativas para os inventários de crude na semana passada nos Estados Unidos – que serão depois comparadas com os dados oficiais, no dia seguinte, apresentados pela Administração de Informação em Energia.


Além disso, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Mohammad Barkindo, o CEO da Hess Corp. John Hess, e a directora do Programa de Segurança Nacional e Energia dos EUA, Sarah Ladislaw, participam num debate, em Washington, sobre as perspectivas da OPEP para o fornecimento a médio e longo prazo desta matéria-prima.


Recorde-se que a 30 de Novembro a OPEP reiterou o compromisso de corte da sua produção em 1,2 milhões de barris por dia, a partir de Janeiro, e neste fim-de-semana mais 11 produtores de fora do cartel assumiram o mesmo objectivo – estando a redução destes prevista em 600.000 barris diários (com a Rússia a assumir metade dessa meta). Na segunda-feira, a ajudar ao movimento altista di "ouro negro" esteve o facto de a Arábia Saudita (maior produtor da OPEP) ter dito que pretende "cortar substancialmente" a produção da matéria-prima, abaixo do nível acordado pelo cartel.

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