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Lesados da FTX colocam ação nos EUA. Querem prioridade sobre os credores

Um grupo de lesados da FTX propôs uma ação no tribunal de Delaware nos EUA. Os clientes não querem estar misturados com credores tradicionais, como é o caso de algumas entidades financiadoras.

Reuters
28 de Dezembro de 2022 às 11:24
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Uma série de clientes da FTX entrou com uma ação coletiva no tribunal de insolvências de Delware nos EUA de forma a conseguir reaver os ativos perdidos com a plataforma. 

Os lesados pedem na ação um direito preferencial de reembolso face aos credores, fundamentando o pedido no facto de os seus ativos terem sido apropriados pelo grupo cofundado por Sam Bankman-Fried sem o seu consentimento.

 

"Os clientes não devem estar na lista junto a credores com e sem garantias", defende o processo citado pela Reuters. A ação pede ainda ao tribunal que declare expressamente que os ativos de clientes contidos tanto na plataforma FTX como no braço de investimento Alameda Research não são propriedade do grupo agora gerido por John Ray III.

 

Atualmente, só os 50 maiores credores da FTX (sejam clientes ou credores verdadeiros e próprios) reclamam 3 mil milhões de dólares e segundo as declarações de Ray III no Senado em meados deste mês, a maioria "está na jurisdição da FTX.com", a entidade que agrega as contas de clientes fora dos EUA.

 

Até ao momento, a nova administração responsável pela reestruturação, já conseguiu colocar a salvo mil milhões de dólares em criptoativos. Os ativos foram guardados em "cold wallets", ou seja carteiras físicas, sem acesso a um software ou internet, como é o caso de uma "pen drive", por exemplo.

 

Até ao momento, não foram identificadas todas as "wallets" que estão sob a gestão do grupo FTX, até porque há carteiras "que podem não estar identificadas", admitiu o novo CEO, quando prestou declarações diante do Senado, remetendo mais esclarecimentos para as próximas semanas, quando confirmará se este tipo de carteiras existem ou não no universo FTX.

 

Lesados portugueses também tentam mover ação

Em Portugal, a Offchain Lisbon, uma comunidade de entusiastas de blockchain, já tinha conseguido agregar até há duas semans 17 pessoas, de forma a avançar com uma ação coletiva contra a FTX, segundo explicou ao Negócios o cofundador Pedro Aguiar. Dos subscritores do inquérito da Offchain, "11 são portugueses", revela.

 

Além destes, já aderiram à iniciativa lesados da Ucrânia, Países Baixos, Espanha, Reino Unido e África. Tal foi o sucesso da medida que esta já chegou aos ouvidos da cúpula internacional da Offchain "que pretende aplicar este modelo em outros países".

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