Notícia
Kiev vai lançar colecção de NFT para retratar invasão à Ucrânia
O governo ucraniano vai recompensar o pacote de mais de 60 milhões de dólares em doações do setor cripto com uma coleção de NFT. Kiev não avançou com um prazo para este lançamento.
O governo ucraniano vai lançar uma coleção de NFT (tokens não fungíveis) que retratam vários momentos da invasão russa à Ucrânia.
O anúncio foi feito pelo vice-ministro da transformação digital do país, Alex Bornyakov, depois de há dias Kiev ter prometido recompensar o setor cripto, por ter doado mais de 60 milhões de dólares ao governo e organizações não-governamentais ucranianas.
Há duas semanas, a página oficial da Ucrânia no Twitter agradeceu as doações e prometeu recompensar a onda de solidariedade através de um airdrop token – o lançamento de um criptoativo – tendo entretanto cancelado este plano.
Alex Bornyakov declarou, citado pelo diário britânico Guardian, que "[esta coleção] será como um museu da guerra entre a Ucrânia e a Rússia em formato NFT".
O governante não adiantou quanto tempo este plano vai demorar mais assegurou que "queremos que seja algo bom e bonito o que leva tempo". As imagens serão recolhidas de órgãos de comunicação social confiáveis, de acordo com o Guardian.
No Twitter, o vice-ministro esclareceu que o dinheiro doado pelos "criptoplayers" foi utilizado para comprar objetos militares, como óculos de visão noturna, capacetes e coletes à prova de bala, mas não armas.
Crypto assets proved extremely helpful in facilitation of funding flows to the Amed Forces of Ukraine. Huge thanks to everyone who donated to the Crypto Fund of Ukraine.
Each and every helmet and vest bought via crypto donations is currently saving Ukrainian soilders' lives. pic.twitter.com/CghDmXEcJG
— Alex Bornyakov (@abornyakov) March 11, 2022
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O "braço direito" do presidente Volodymyr Zelensky para o mundo digital felicitou ainda, citado pelo diário britânico, a vitória de Kiev naquilo que chamou de "diplomacia digital". "Convencemos as plataformas, empresas internacionais e organizações a bloquear ou a sair da Rússia", frisou o vice-ministro.
Bruxelas baniu a agência de notícias Sputnik e o canal Russian Today da Europa. Por sua vez, o grupo Anonymous atacou vários sites russos.
Na sexta-feira, o Kremlin desencadeou o processo para bloquear o Instagram depois de a empresa-mãe, Meta, ter anunciado permitiria que os apelos à violência contra Vladimir Putin e soldados russos envolvidos na invasão da Ucrânia aparecessem no 'feed' dos utilizadores. O Facebook, a principal rede social da Meta, já está bloqueada na Rússia.