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Bitcoin pode cair até aos oito mil dólares, alerta Scott Minerd
O diretor de investimentos da Guggenheim, Scott Minerd, alerta que a bitcoin ainda pode cair até à linha dos oito mil dólares e comparou a situação atual das cripto com a bolha das "dotcom", nos anos 2000.
A bitcoin pode afundar para o patamar dos oito mil dólares, uma desvalorização de cerca de 70% face à cotação atual, previu o diretor de investimentos da Guggenheim, Scott Minerd, em entrevista à CNBC à margem do World Economic Forum, em Davos.
"Quando assistimos a uma queda abaixo da linha dos 30 mil dólares, oito mil dólares é o fundo, pelo que ainda há muito espaço para perdas, sobretudo tendo em conta a política monetária restritiva que está a ser levada a cabo pela Fed [Reserva Federal norte-americana]", explicou Scott Minerd.
Este mês, a bitcoin aprofundou o mergulho que tem sofrido desde novembro quando atingiu o pico histórico dos 69 mil dólares e caiu abaixo da linha psicológica dos 30 mil dólares.
Além da queda abrupta da stablecoin TerraUSD, o cenário de política monetária restritiva e o medo sobre um possível abrandamento económico, que tem invadido todo o mercado de risco, foi outro fator que alimentou esta queda.
O diretor de investimentos da Guggenheim acrescentou ainda que atualmente "a maioria das criptomoedas não são moedas, são lixo" e que para já "ainda não vimos nenhum ‘player’ dominante do mercado cripto". Para o especialista faz até sentido comparar o atual "crash" cripto com o "boom" das dotcom dos anos 2000.
As declarações de Scott Minerd surgem dias depois de a presidente do Banco Central Europeu (BCE) ter afirmado que as criptomoedas "não valem nada. "A minha avaliação é que não valem nada, não se baseiam em nada, e não há nenhum ativo subjacente que funcione como uma âncora de segurança", afirmou Lagarde em entrevista a uma televisão holandesa, citada pela Bloomberg.
Esta quarta-feira, a bitcoin segue a valorizar 0,79% para 29.413,23 dólares.