Notícia
"Encanto" de novas medidas de Pequim dura apenas 10 minutos no mercado acionista
Depois de ter sido noticiado que Pequim quer aliviar as regras para a contratação de crédito à habitação, o principal índice nacional chinês valorizou durante apenas alguns minutos, tendo terminado o dia em terreno negativo.
A reação positiva do mercado acionista chinês às notícias de que Pequim quer flexibilizar o acesso ao crédito à habitação para impulsionar a economia durou cerca de 10 minutos, segundo a contagem da Bloomberg.
Depois de a agência chinesa de notícias Xinhua ter informado sobre os planos de Pequim, que têm como objetivo resgatar o mercado imobiliário residencial, o índice CSI 300 valorizou até 0,3%, tendo ao final de 10 minutos voltado a recuar para terreno negativo.
No final da sessão, Hong Kong cedeu 0,8% e Xangai desvalorizou 0,3%.
Com uma queda de cerca de 10%, o Hang Seng, estando prestes a registar o pior desempenho mensal entre 90 índices em todo o mundo acompanhados pela Bloomberg.
Pequim propõe aos governos locais que estes eliminem a regra que desqualifica para o acesso aos empréstimos à habitação, quem já tenha contraído este tipo de crédito uma vez nas grandes cidades, mesmo que este já tenha sido completamente pago.
Esta medida "vai libertar algum poder compra, mas o foco ainda está na dívida" das empresas do setor imobiliário, explicou Steven Leung, CEO da Uob Kay, em Hong Kong, em declarações à Bloomberg.
Além das medidas tendo em vista o setor imobiliário, Pequim tenta combater a "sangria" no mercado chinês de capitais. A Reuters noticiou esta sexta-feira, que a China pretende reduzir o imposto de selo sobre ações chinesas em até 50%.
Esta semana, o supervisor para o mercado de capitais chinês aproveitou um seminário com fundos de pensões do país, bancos e outras entidades, para apelar a estes organismos para apoiarem o mercado chinês. Numa nota após o seminário, o supervisor declarou que estas entidades se comprometeram a ajudar a estabilizar o mercado.
Além disso, o regulador vai receber uma série de "gigantes" dos mercados, a nível mundial, como o Goldman Sachs e a Fidelity International em Hong Kong, para ajudar a reforçar a confiança no mercado chinês, de acordo com fontes conhecedoras do processo citadas pela Bloomberg.