Notícia
Haitong sobe avaliação da Sonae e dá potencial de 46%
O novo preço-alvo é de 1,30 euros por ação e a recomendação continua a ser de "comprar".
A valorização das ações da Nos e o maior contributo da Sonae MC devido ao "free cash flow" (FCF) mais "forte" em 2018 levaram o Haitong a rever em alta a avaliação da Sonae SGPS.
O preço-alvo subiu 5 cêntimos, para 1,30 euros por ação, o que representa um potencial de subida face à última cotação de fecho (89 cêntimos) de 46%, refere uma nota de "research" publicada esta segunda-feira, 21 de janeiro, a que o Negócios teve acesso.
A recomendação continua a ser de "comprar", com o Haitong a assinalar o elevado potencial de valorização. "Apesar da recuperação de 10% desde o início do ano (no mesmo período o PSI-20 subiu 7%), as ações ainda não parecem caras tendo em conta os múltiplos estimados para 2019", refere o analista Filipe Rosa.
Apesar da melhoria do preço-alvo, o Haitong efetuou revisões em baixa às projeções de resultados da Sonae, para refletir o impacto das operações de "sale&leaseback", que apesar de criarem valor têm um efeito negativo nas contas. E também a expectativa de uma recuperação mais lenta nas margens das unidades de produtos eletrónicos e vestuário.
O Haitong cortou a estimativa para o EBITDA de 2019 e 2020 numa média de 2%, com as novas projeções a estarem agora alinhadas com a média do mercado.
Na nota de "research" a que Negócios teve acesso, o Haitong antecipa os números das vendas que a Sonae vai reportar na quarta-feira, 23 de janeiro. A unidade de "research" aponta para receitas de 5.870 milhões de euros, um crescimento de 7% face a 2017. O EBITDA recorrente deverá ter aumentado em 4% para 354,2 milhões de euros.
O Haitong diz que a Sonae deverá continuar a beneficiar com a evolução do consumo em Portugal, prevendo-se que outubro e novembro tenham sido fortes nos dois segmentos do retalho (alimentar e não alimentar). Uma tendência que deverá ter persistido em dezembro.
As ações da Sonae SGPS seguem a subir 0,62% para 0,896 euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.