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CaixaBank/BPI eleva avaliação da Jerónimo Martins para 18,55 euros

O cenário animador na Polónia, onde a subsidiária da retalhista portuguesa, a Biedronka, lidera no setor do retalho, levou os analistas do banco a elevarem o preço-alvo da Jerónimo Martins. A recomendação ficou estável em “comprar”.

Lusa
23 de Setembro de 2019 às 18:08
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Os analistas do CaixaBank/BPI aumentaram o preço-alvo da Jerónimo Martins em 6,3% para os 18,55 euros por ação, devido às boas perspetivas de crescimento na Polónia. O país está a pôr em prática uma série de medidas para impulsionar o poder de compra local.

Esta subida de preço-alvo significa uma subida potencial de 17,55% face ao valor de fecho da última sessão (15,78 euros). 

O imposto sobre o retalho imposto no país, que entrou em vigor em 2016, vai prolongar-se até pelo menos 2021. No entanto, o aumento do salário mínimo, o aumento da inflação e as novas medidas de incentivos fiscais ofuscam a taxa que obriga todas as retalhistas a entregarem ao Estado polaco cerca de 466 milhões e euros ao ano.

"A Jerónimo Martins é agora um ativo 'must have'. As vendas comparáveis devem crescer na Polónia (inflação, salário mínimo, benefícios fiscais)", segundo a nota assinada pelos analistas José Rito e Guilherme Macedo Sequeira a que o Negócios teve acesso.

A subida da inflação na Polónia – registou 7,2% em Agosto, um dos valores mais altos da última década -, as iniciativas fiscais (como 13.º salário para pensionistas ou benefícios fiscais para quem tiver mais filhos), e o aumento de 15,6% do salário mínimo em 2020 para cerca de 600 euros (2.600 zlotys) vão aumentar o poder de compra no país.

Estima-se que todas estas medidas terão um impacto de 9 mil milhões na economia local, adiantaram os analistas, que anteveem boas condições de crescimento para o setor do retalho no país.

"Esperamos que a Jerónimo Martins atinja um aumento de vendas comparáveis de 6% no final de 2020, face aos 5,3% atingidos em 2019, uma vez que as iniciativas fiscais só vão surtir efeito no próximo ano", sublinharam.

Também na Colômbia, onde a Jerónimo Martins se faz representar pela Ara, a situação parece estar a melhorar. Estima-se que um aumento de margens e uma rede de distribuição melhorada "deve continuar a fazer com que a Ara reduza os prejuízos".

Hoje a Jerónimo Martins caiu 0,47% para os 15,78 euros por ação. No entanto, desde o início deste ano a retalhista portuguesa valoriza mais de 55%. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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