O CaixaBI aumentou o “target” atribuído às acções do Banco Comercial Português (BCP) de 0,10 euros para 0,12 euros, o que representa um potencial de valorização de 14,3%, tendo em conta a actual cotação. Também a recomendação foi reduzida de “comprar” para “acumular”.

“Após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2012, revimos as nossas estimativas e o custo do ‘equity’ [capital] utilizado na avaliação do Millennium BCP (de 10,8% para 10,4%)”, referem os analistas André Rodrigues e Inês Simões.

Os mesmos especialistas reiteram “o racional” da última análise ao sector, “salientando contudo que a percepção de mercado sob Portugal registou uma evidente melhoria”.

O CaixaBI sublinha também que, para os próximos trimestres, a recuperação operacional do banco liderado por Nuno Amado (na foto), com o consequente aumento da rentabilidade consolidada, é “fundamental” para a execução do plano de recapitalização.

Por outro lado, o banco de investimento continua a “encarar com reserva a evolução da cotação do BCP no curto prazo”, frisando que permanece alguma incerteza quanto ao reembolso do Estado das obrigações de capital contingente (“CoCo” bonds) até ao final de 2017.

A este factor juntam-se outros. O cenário macroeconómico em Portugal e a desalavancagem do balanço vão continuar a ser “factores de pressão para os próximos trimestres”, acredita o CaixaBI.

No que diz respeito à possível saída do BCP da Grécia e Polónia, e às condições em que estas operações se venham a concretizar, “são incógnitas que tenderão a condicionar de forma relevante o valor da acção”.

As acções do BCP seguem a desvalorizar 0,94% para os 0,105 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.  

(Correcção: Corrige informação sobre evolução da recomendação. A casa de investimento desceu a recomendação de "comprar" para "acumular")