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Altri supera 5 euros pela primeira vez em mais de ano e meio com melhoria do preço-alvo pelo CaixaBI

O banco de investimento da CGD melhorou o "fair value" da produtora de pasta perante um potencial desequilíbrio entre procura e oferta que aponta para a valorização dos preços desta matéria-prima nos próximos dois anos.

Bloomberg
04 de Outubro de 2017 às 13:27
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As acções da Altri estão a disparar mais de 5% na bolsa portuguesa, para o valor mais elevado desde Dezembro de 2015, superando os cinco euros pela primeira vez em quase dois anos.

Os papéis da empresa de pasta e papel já estiveram a ganhar 5,79% para 5,025 euros e sobem agora 5,39% para 5,006 euros, depois de o CaixaBI ter melhorado o preço-alvo da acção, reduzindo no entanto a recomendação de "buy" para "accumulate".

O "fair value" da acção passa assim de 4,70 euros para 5,30 euros (uma subida de 12,76%), atribuindo ao título um potencial de valorização de 11,6% em relação à cotação de fecho desta terça-feira (4,75 euros). Face à cotação máxima alcançada na sessão desta quarta-feira (5,025 euros), o potencial de valorização atribuído pelo novo preço-alvo é de 5,47%.

A justificar a decisão de melhoria do preço pelo banco de investimento está a "actualização em alta dos pressupostos de preços da pasta", cujos preços "continuam fortes" face à "procura robusta" da China e de restrições na oferta, bem como a travagem da apreciação do dólar face ao euro.

Sem novos projectos para aumentar capacidade na produção de pasta que venham juntar-se a novas fábricas abertas no Brasil e Indonésia, o CaixaBI espera que entre 2019 e 2010 possa haver um "desequilíbrio em termos de procura e oferta" que beneficiará o preço da pasta.

"A actual avaliação incorpora os actuais níveis de troca entre o euro e o dólar, mas também a nossa opinião que
no futuro o potencial de desvalorização do dólar é limitado," lê-se ainda na nota assinada pelos analistas Carlos Jesus e Artur Amaro, a que o Negócios teve acesso.

A sessão desta quarta-feira está também a ser de troca mais acelerada de títulos do que a média. Já trocaram de mãos 898.118 acções da Altri, um valor quase três vezes superior à média diária dos últimos seis meses, que é de 301 mil acções.

Ontem foi conhecido que os gestores da Altri continuam a comprar acções da empresa. Paulo Fernandes, co-CEO da companhia, comprou 100 mil acções da sessão de sexta-feira, 29 de Setembro, a preços entre 4,3 e 4,4 euros. Paulo Fernandes é também presidente executivo da Cofina, dona do Negócios.

Através da Actium Capital, holding que controla, o gestor investiu pelo menos 430 mil euros neste reforço de posição, depois de entre 11 e 13 de Setembro ter adquirido 200 mil acções.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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