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Cimpor propõe não distribuição de dividendos
A empresa considera que uma eventual distribuição dos lucros pelos accionistas "não teria impacto relevante".
Apesar de o lucro consolidado no exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 atribuível a accionistas se ter cifrado em 27.206.558,03 euros, o resultado líquido em base individual foi positivo em 868.646,56 euros, sublinha a Cimpor no seu relatório e contas. Por isso, acrescenta, "uma eventual distribuição destes resultados pelos accionistas não teria impacto relevante, mostrando-se até, relativamente a alguns pequenos accionistas, contraproducente em face dos encargos para o respectivo recebimento".
"Assim, o Conselho de Administração propõe a não distribuição de dividendo relativo ao exercício de 2014, proposta sujeita naturalmente a deliberação dos accionistas que atinja a percentagem prevista nos estatutos da Cimpor".
A Cimpor recorda também que, de acordo com a lei e com os estatutos da empresa, uma percentagem não inferior a 5% dos lucros do exercício destina-se ao reforço da reserva legal, até atingir o montante exigível por lei (pelo menos 20% do capital social), mas dado que a cimenteira já cumpre actualmente este limite, "não é necessário proceder ao reforço da reserva legal".
A empresa vai, assim, propor aos accionistas a seguinte aplicação do resultado líquido de 2014: atribuição de gratificações aos colaboradores ao serviço no final de Dezembro de 2014 da Cimpor – Cimentos de Portugal, SGPS, S.A., no montante máximo de 400.000 euros; e transferência do remanescente do resultado líquido do exercício para resultados transitados.
A 31 de Dezembro de 2014 a Cimpor detinha 5.906.098 acções próprias. Não tendo sido transaccionadas acções próprias no decorrer de 2014, o seu número manteve-se inalterado face ao encerramento de 2013. "A Assembleia Geral Anual de 2014 não aprovou nenhum plano de acções, pelo que dada a extinção dos planos em 2012, em 2014 não se encontravam em vigor quaisquer planos de acções ou opções sobre acções", salienta.
A empresa lembra igualmente que, em 2014, "a acção da Cimpor foi alvo de uma desvalorização e de alguma volatilidade". Com uma cotação máxima de 3,36 euros (a 10 de Abril) e uma mínima de 1,055 euros (a 24 de Dezembro) acabou por encerrar o ano nos 1,174 euros, posta a transacção de um total de 8,8 milhões de acções, correspondente a 20,7 milhões de euros.
O baixo nível de free-float, em conjunto com a reduzida liquidez, e considerando os desenvolvimentos no mercado accionista português ao longo de 2014, condicionaram a evolução do título, explica a empresa liderada por Ricardo Lima (na foto).
Recorde-se que os dividendos de 2013, colocados a pagamento no dia 24 de Abril de 2014, ascenderam a 0,0029 euros por acção.
A Cimpor encerrou a sessão bolsista de quinta-feira, 26 de Fevereiro, a subir 6,52% para 0,948 euros.