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Wall Street no vermelho de olhos postos na votação que pode terminar com o Obamacare

O Congresso dos EUA vota esta quinta-feira uma reforma na área da saúde que se for aprovada vai permitir começar a desmantelar o chamado Obamacare. Os índices norte-americanos arrancaram a sessão com uma queda ligeira.

Reuters
23 de Março de 2017 às 13:45
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Os mercados do outro lado do Atlântico arrancaram em queda ligeira. O Dow Jones cede 0,14% para 20.632,93 pontos, o Nasdaq desliza 0,20% para 5.809,711 pontos e o S&P500 desvaloriza 0,15% para 2.345,02 pontos. Esta evolução contraria o sentimento altista que é sentido na Europa.

Ao longo dos últimos dias, os mercados têm estado muito focados nos Estados Unidos da América, a maior economia mundial. Primeiro foram as dúvidas quanto à implementação de várias medidas do foro económico que foram prometidas, durante a campanha eleitoral para as presidenciais nos EUA, por Donald Trump, que penalizou os mercados bolsistas.


E esta quinta-feira, 23 de Março, o Congresso vota a nova reforma para a área da saúde. Tanto a agência Bloomberg, como a Reuters avançam que Donald Trump está a negociar com os conservadores, numa última tentativa para conseguir os votos necessários para começar a desactivação do Obamacare. Isto numa altura em que existem sinais que um número suficiente de Republicanos podem desertar e colocar em perigo uma das prioridades políticas da actual administração.


Estes esforços, escreve a Reuters, estão a ser encarados pelos investidores como um teste importante à capacidade desta administração em avançar com a sua agenda legislativa. À partida a votação vai decorrer ainda esta quinta-feira. Se a votação for adiada ou Trump não conseguir a aprovação da lei, isso poderá prejudicar a confiança dos investidores.

"Mesmo que Trump consiga que a lei dos cuidados de saúde seja aprovada na Câmara dos Representantes, o que é questionável, é quase certo que vai falhar no Senado. Parece ser sabedoria política", disse à Reuters, John Traynor, líder da unidade de investimento do norte-americano People's United Bank.


"Não acredito que Trump tenha reconhecido completamente que o capital político é muito valioso. Com os seus tweets e com as suas declarações, Trump está a esbanjar [esse capital] e os investidores estão preocupados com as implicações para a reforma fiscal e para a repatriação de capitais se a votação for fraca", acrescentou.

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