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Wall Street ignora caos em Washington e Dow galga patamar dos 31.000 pontos
As praças norte-americanas encerraram maioritariamente em alta, apesar dos tumultos no Capitólio, e o Dow Jones e S&P 500 estabeleceram mesmo novos máximos históricos.
O Dow Jones fechou a somar 1,44% para os 30.829,40 pontos, um recorde de fecho, depois de durante a sessão ter também tocado num máximo de sempre, nos 31.022,65 pontos. Nunca antes tinha pisado o território dos 31.000 pontos.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 0,57% para 3.748,14 pontos. Na negociação intradiária escalou para o valor mais alto da sua história, nos 3.783,04 pontos.
Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,61% para 12.740,79 pontos, penalizado por cotadas como a Apple, Microsoft e Alphabet. O seu recorde foi marcado a 29 de dezembro, nos 12.973,33 pontos.
Apesar do caos gerado pelas violentas manifestações por parte dos apoiantes de Donald Trump em Washington D.C., no recinto do Capitólio – que alberga os edifícios do Congresso –, os investidores focaram-se na possibilidade (entretanto confirmada pela CBS e NBC) de os democratas recuperarem o controlo do Senado.
Ontem decorreu a segunda volta das eleições no estado da Geórgia para o Senado (pois tinham ficado lugares por preencher), que acabou por custar aos republicanos um assento e devolveu aos democratas a maioria na câmara alta do Congresso.
Ao recuperarem o Senado, de maioria republicana neste mandato de Trump, os democratas ficam assim com a Casa Branca e com as duas câmaras do Congresso – a chamada "onda azul" (cor do partido) –, o que estimulou o mercado, já que isso ajudará Joe Biden a prosseguir sem grandes sobressaltos com o seu programa económico.