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Uma hora da caça, outra do caçador. Hoje ganharam os touros em Wall Street

"Um dia da caça, outro do caçador". Assim reza o provérbio que diz que os trunfos não estão sempre do mesmo lado. Em Wall Street, à semelhança do resto do mundo, este ditado é oportuno, mas a volatilidade ao longo das sessões tem sido tanta que seria preciso modificá-lo um pouco. "Uma hora da caça, outra do caçador" seria, talvez, o mais correto. Ontem, os touros nem conseguiram dar luta, mas hoje fizeram frente aos ursos e levaram o troféu para casa.

Reuters
10 de Março de 2020 às 20:12
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As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em alta, perto dos máximos da sessão, a aguentarem-se à tona depois de terem chegado a estar a afundar, numa jornada que se revelou, uma vez mais, de grande volatilidade.

 

O Dow Jones fechou a somar 4,89% para 25.017,72 pontos. O índice subiu 1.166,70 pontos, depois de ontem ter afundado 2.013,76 pontos, a maior queda de sempre em pontos – e por larga margem, já que a segunda maior descida em pontos tinha sido de 1.190,95 no passado dia 27 de fevereiro.

 

Já o Standard & Poor’s 500 avançou 4,94% para 2.882,23 pontos, o maior ganho percentual desde dezembro de 2018.

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite acompanhou o movimento de valorização, a subir 4,95% para 8.344,25 pontos.

 

A amplitude entre os máximos e os mínimos do dia foi elevada, à semelhança do que tem acontecido nas últimas sessões, levando a que a palavra de ordem seja "volatilidade".

 

Na segunda-feira à noite, já depois do fecho de Wall Street, o presidente norte-americano esteve em reunião na Casa Branca a analisar possíveis medidas de estímulo da economia, o que deu algum impulso ao petróleo e aos índices norte-americanos na negociação fora de horas dos seus contratos de futuros.

 

Hoje, com o anúncio de medidas adicionais por parte de Donald Trump, ao fim da tarde, os índices acabaram por conseguir manter o fôlego na reta final da sessão.

 

Trump assinou hoje um plano de cerca de oito mil milhões de euros – aprovado na semana passada pelo Congresso – para ajudar a combater o surto de Covid-19, que já matou mais de uma dúzia de pessoas nos EUA e infetou mais de 200. E aproveitou para exercer nova pressão sobre a Fed, no sentido de levar o banco central a descer de novo os juros diretores.

O Colorado e Massachusetts declararam estado de emergência, uma vez que os casos de coronavírus estão a aumentar bastante nestes dois estados norte-americanos.

 

Além do pacote de verbas assinado hoje, que triplica as expectativas de gastos que tinham sido feitas pela Casa Branca há 10 dias, Trump também anunciou que visa uma redução dos encargos fiscais que as empresas têm com os seus trabalhadores - e quer que essa folga se prolongue até às eleições presidenciais de novembro próximo.


Trump quer redução de impostos sobre os salários para acalmar mercados
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O Presidente norte-americano anunciou hoje que a sua administração vai pedir ao Congresso “um possível corte nos impostos sobre os salários”, na tentativa de acalmar os receios dos mercados financeiros sobre o impacto da epidemia de Covid-19.


As transportadoras aéreas, que têm sido fortemente castigadas nas últimas sessões, estiveram entre os maiores ganhos da sessão, animadas por estes desenvolvimentos.

Recorde-se que as bolsas em Nova Iorque estão a negociar com uma diferença de quatro horas em relação a Lisboa durante três semanas, em vez das habituais cinco horas, devido à mudança de hora ocorrida neste fim-de-semana nos Estados Unidos.



(notícia atualizada às 20:25)

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