Notícia
Sector financeiro e energia dão ganhos a Wall Street
As bolsas norte-americanas encerraram em terreno positivo, impulsionadas sobretudo pelos títulos financeiros e da energia, num dia de dados robustos para a economia dos EUA e de subida dos preços do petróleo.
O Dow Jones fechou a sessão desta sexta-feira a somar 0,29% para 24.946,57 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,17% para 2.752,00 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite ficou inalterado face à véspera, nos 7.481,99 pontos.
A sustentar as praças do outro lado do Atlântico estiveram os títulos do sector da energia, animados pelas subidas de cotadas como a Exxon e a Schlumberger – isto num dia em que as cotações do petróleo avançaram mais de 1% depois de a Agência Internacional da Energia (AIE) ter alertado que a situação complicada no sector energético da Venezuela poderá exacerbar o défice da oferta a nível mundial que se espera para o próximo ano.
Também o sector financeiro contribuiu para o bom momento de hoje em Wall Street, especialmente as cotadas da banca – com os ganhos do JPMorgan e do Bank of America a darem o maior impulso.
"Parece que o cenário fundamental é positivo e isso aliviou os receios em torno das perturbações na Casa Branca", comentou à Reuters um estratega da Cresset Wealth Advisors, Jack Ablin.
Os receios de uma guerra comercial com os EUA, à conta da imposição, pela Administração Trump, de tarifas sobre o aço e alumínio importado pelo país, têm penalizado as bolsas norte-americanas, bem como as constantes remodelações governamentais de Donald Trump, que esta semana demitiu o seu secretário de Estado, Rex Tillerson, responsável pelas relações externas dos EUA, e nomeou para o seu lugar o director da CIA, Mike Pompeu.
Trump disse ter tomado a decisão de demitir Tillerson por este ter uma "mentalidade diferente" – depois de notórias divergências relativamente às políticas levadas a cabo em relação à Coreia do Norte, Rússia e Irão.
Apesar desta instabilidade, as praças em Wall Street conseguiram hoje manter uma tónica positiva, numa altura em que os olhares começaram a virar-se para a Reserva Federal, à espera da sua decisão de política monetária na próxima semana – sendo que se aponta para que a Fed, agora liderada por Jerome Powell, proceda ao primeiro aumento dos juros directores deste ano.