Notícia
Putin derruba Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram no vermelho, a inverterem fortemente das subidas da abertura, pressionadas pelos relatos de uma invasão da Ucrânia pela Rússia na próxima semana.
O índice industrial Dow Jones fechou a cair 1,43% para 34.738,06 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 1,90% para 4.418,74 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 2,78% para 13.791,15 pontos.
Tanto o S&P 500 como o Nasdaq marcaram a maior queda agregada de duas sessões consecutivas desde 2020.
Os principais índices de Wall Street abriram em alta, a recuperarem do tombo de ontem, depois de alguns responsáveis da Fed terem dito que não há qualquer pressa em subir os juros diretores antes de março e que nada aponta para a necessidade de aumentar a taxa diretora já em 50 pontos base – o que aliviou os investidores e levou a uma redução do movimento de selloff nas obrigações soberanas (que estava a fazer subir os juros da dívida).
No entanto, a tendência rapidamente inverteu, depois de ter sido divulgado que a Administração Biden acredita que a Rússia se prepara para invadir a Ucrânia na próxima semana.
Estes relatos fizeram cair de imediato as bolsas, ao mesmo tempo que favorecem os ativos considerados mais seguros, como as obrigações (com os juros a descerem ainda mais), o iene e o ouro.
Segundo a Administração Biden, imagens de um satélite comercial de uma empresa privada norte-americana mostram uma maior concentração de tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia.
Biden reuniu-se com os conselheiros de segurança nacional na noite passada, refere a Reuters. Na reunião foi transmitido ao presidente dos EUA que a crise poderia estar a chegar a atingir um ponto crítico, com o discurso de Moscovo a endurecer e seis navios de guerra a dirigirem-se para o Mar Negro, bem como mais material militar russo a chegar à Bielorrússia.