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PSI-20 carrega no vermelho e cai mais de 1,5% com Galp e BCP a pesar
A tendência é de forte quebra nas principais praças europeias e Lisboa não é exceção. O índice nacional desliza com 17 das cotadas a perderem.
Lá fora, as principais praças carregam no vermelho, com Paris e Amesterdão a perderem mais de 2,5% e Milão a cair mais de 3%.
Durante o fim de semana, responsáveis das Finanças e bancos centrais de grandes potências no ocidente admitiram que o risco que o coronavírus representa para as economias mantém-se. A este propósito, O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que o surto do novo coronavírus (Covid-19) coloca em risco a recuperação económica mundial e manifestou disponibilidade para ajudar financeiramente os países mais pobres e vulneráveis.
Por cá, Galp e BCP são os pesos pesados que mais penalizam. A petrolífera cede 2,94% para os 13,88 euros e o banco desce 2,16% para os 18,58 cêntimos. A Galp está a acompanhar a tendência fortemente negativa dos preços da matéria-prima, que cai 2,85% para os 58,83 dólares por barril, na negociação em Londres.
A superar as perdas da Galp estão apenas os CTT, que recuam 3,39% para os 2,62 euros, embora o grupo tenha previsto um aumento das vendas na ordem dos 70% no mercado espanhol nos próximos três anos. A CTT Express prevê fechar 2020 com uma faturação de 65 milhões de euros, um aumento de 10 milhões de euros face a 2019.
A fechar o pódio das quedas está a Sonae, que recua 2,68% para os 80 cêntimos. Pouco abaixo segue a Sonae Capital Capital, a deslizar 2,57% para os 76 cêntimos, na primeira sessão após esta cotada ter apresentado contas aos investidores. A empresa duplicou os prejuízos para 12,3 milhões de euros em 2019, embora vá voltar a remunerar fortemente os acionistas. No total, vai distribuir 15 milhões de euros, o que corresponde a um dividendo líquido de seis cêntimos por ação.
No setor do retalho também a Jerónimo Martins perde, recuando 1,72% para os 16,90 euros, numa altura em que a baixa taxa de inflação em Portugal pode vir a afetar as contas de algumas das maiores empresas do setor, de acordo com o CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos. Mesmo assim, a dona do Pingo Doce voltou a bater recordes de vendas em 2019. No ano passado, o grupo obteve lucros de 433 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 7,9% em relação aos resultados de 2018.
Já esta segunda-feira, o diário polaco Pils Biznesu avança que a Jerónimo Martins planeia expandir para a Roménia, citando o CEO da empresa.
(Notícia atualizada às 08:25)