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Neeleman congela planos para entrada em bolsa da Azul
A Azul, que integrou o consórcio que venceu a privatização da TAP, voltou a adiar o processo de oferta pública inicial, com David Neeleman a citar as actuais condições do mercado brasileiro.
Ainda não é desta que a entrada em bolsa da Azul irá descolar. Após duas tentativas suspensas de realizar uma oferta pública inicial, David Neeleman, presidente da companhia, indicou que a actual situação económica do Brasil e dos mercados financeiros impede a operação.
"As actuais condições de mercado não o permitem. Quando o mercado mudar, iremos considerar", referiu Neeleman, citado pela Bloomberg. Desde 2014, que não há entradas em bolsa no Brasil, segundo dados da agência financeira, com a recessão no país a impedir este tipo de operações.
A Azul já tinha tentado entrar em bolsa em 2013 e 2015, com ambas as operações a serem canceladas devido às condições de mercado consideradas como adversas. Apesar de não ter conseguido financiamento no mercado de capitais, a empresa conseguiu a entrada de um grande investidor no ano passado. Os chineses da HNA Group pagaram 1,7 mil milhões de reais (cerca de 390 milhões de euros à taxa de câmbio actual) para ficar com 24% do capital da empresa que integrou o consórcio que ganhou a privatização da TAP, no ano passado, com uma operação avaliada em 354 milhões de euros, em troca de 61% da TAP.
No entanto, após a privatização, feita pelo governo anterior, o actual executivo chegou a acordo com David Neeleman e Humberto Pedrosa para que o Estado ficasse com 50% do capital da transportadora aérea.