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Mota-Engil recupera de perdas e valoriza mais de 9%, a maior subida diária desde Janeiro

A construtora Mota-Engil fechou a sessão a somar acima de 9%, recuperando assim parte das perdas acumuladas ao longo de sete dias consecutivos a negociar em terreno negativo. A cotada registou mesmo a maior valorização diária desde 13 de Janeiro.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
David Santiago dsantiago@negocios.pt 10 de Agosto de 2015 às 17:32

A Mota-Engil terminou a sessão desta segunda-feira, 10 de Agosto, a disparar 9,28% para 2,32 euros por acção. Com este desempenho, os títulos da construtora recuperaram parte das perdas registadas nas sete sessões anteriores, período em que acumularam uma desvalorização de 16%. Na última sexta-feira as acções negociaram em mínimos de um mês (2,123 euros).

A agência Reuters destaca o "movimento de recuperação técnica" para justificar a forte subida hoje alcançada pelos títulos da Mota-Engil. "Eu presumo que [a Mota-Engil] tenha feito uma oferta para o terminal de cruzeiros no porto [de Lisboa], embora ainda não haja vencedor. Poderá, eventualmente, o mercado entender que estão bem posicionados para isso", notou Gualter Pacheco, trader na Go Bulling, em declarações prestadas à Reuters. No entanto, Guarter Pacheco não acredita que tal possa justificar a subida da Mota-Engil, atribuindo esse desenvolvimento a "alguma recuperação técnica".

 

A apoiar os ganhos da cotada que opera no sector da construção esteve também a tendência europeia. Num dia de ganhos nas principais praças do Velho Continente, o sector da construção, com uma subida de 1,16%, alcançou mesmo um dos melhores registos, só suplantado pelo avanço de 1,40% no sector das tecnológicas. Por cá, também a Teixeira Duarte, a outra construtora cotada no PSI-20, somou 1,32% para 0,537 euros.

 

Assim, no dia em que alternou entre ganhos superiores a 10% e 1%, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins alcançou mesmo a maior valorização diária desde 13 de Janeiro, dia em que havia subido mais de 18%.

 

Ao longo desta segunda-feira foram transaccionados mais de 856 mil títulos accionistas da construtora, volume que compara com a média diária dos últimos seis meses que é, ainda assim, superior à troca de mãos de 872 mil acções.

 

Finda a sessão de hoje, a Mota-Engil mantém uma desvalorização de 12,81% desde o início de 2015, pelo que detém actualmente uma capitalização bolsista de 474,8 milhões de euros.

 
A Mota-Engil, que só irá divulgar resultados relativos ao primeiro semestre de 2015 no dia 31 de Agosto, registou uma queda dos lucros nos primeiros três meses deste ano de 54%.

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