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Lisboa fecha semana praticamente inalterada
A Bolsa nacional terminou a semana praticamente inalterada, com o PSI20 e o PSI30 a ganharem ambos 0,15%. A valorização do sector das telecomunicações foi praticamente anulado pelas empresas tecnológicas.
O PSI30 encerrou a marcar 4.453,71 pontos e o PSI20 cotou nos 9.841,39 pontos, numa semana em que o Dow Jones atingiu a segunda maior valorização de sempre num dia e a reputada analista da Goldman Sachs, Abby Cohen, defendeu que o índice norte-americano de acções S&P500 está «notavelmente subavaliado».
A taxa de desemprego nos Estados Unidos cresceu para 4,3% no mês de Março, contra os 4,2% do mês anterior, indicando que o abrandamento da economia está a afectar a contratação de novos trabalhadores por parte das empresas norte-americanas.
No sector das telecomunicações, a Portugal Telecom (PT) avançou 3,09% para os 10 euros (2.005 escudos) e a Telecel Vodafone ganhou 1,30% para cotar nos 11,70 euros (2.346 escudos).
A Pararede liderou as descidas semanais na Bolsa nacional, com uma queda de 14,62% para os 1,46 euros (293 escudos), elevando as perdas no ano para 38,14%. O Grupo de media Impresa registou a segunda maior desvalorização da semana, ao perder 12,58% para os 3,98 euros (798 escudos)
A Electricidade de Portugal (EDP) valorizou 3,67% nas últimas cinco sessões para os 3,11 euros (624 escudos), na semana em que a alemã RWE retirou a sua oferta pública de aquisição sobre a Hidrocantábrico, depois de a Ferroatlántica ter superado a sua oferta
A segunda maior retalhista nacional, a Jerónimo Martins, perdeu 8,52% para os 7,41 euros (1.486 escudos), depois de negociar nos 7,40 euros (1.484 escudos), um novo mínimo histórico. A Espírito Santo Dealer (ESD) divulgou hoje que o plano de reestruturação apresentado pela empresa liderada por Soares dos Santos «não é convincente», pelo que vai baixar as suas estimativas e o «preço alvo» para os títulos da distribuidora.
A Cimpor protagonizou uma desvalorização semanal de 1,09% para os 34,62 euros (6.941 escudos), depois de ter atingido um novo máximo histórico nos 36,66 euros (7.350 escudos). O Governo português estabeleceu esta semana um preço mínimo de venda por cada acção da Cimpor nos 30,40 euros (6.095 escudos), o que traduzirá uma entrada de um mínimo de 410,4 milhões de euros (82,28 milhões de contos) nos cofres do Estado.
A Portucel encerrou a cotar nos 1,21 euros (243 escudos), o que representa uma quebra de 1,63% face ao preço de fecho da semana passada, depois do Conselho de Ministros ter aprovado o decreto lei que aprova a alienação de um lote de acções por concurso público correspondentes a 25% do capital social da Portucel e equaciona a alienação de um lote suplementar de até 15% do capital da empresa.
A Inapa fechou a semana a recuar 4,17% para os 5,51 euros (1.105 escudos), depois de ter apresentado lucros de 6,9 mil euros (1,38 mil contos), referentes ao exercício de 2000, depois de nos três primeiros meses do ano ter registado um prejuízo de 4,3 milhões de euros (866 mil contos).
O preço do barril de «brent», ou petróleo do Mar do Norte para entrega em Maio cotava nos 25,22 dólares (27,88 euros ou 5.589 escudos), o que representa uma valorização semanal de 1,69%.
A rentabilidade da Obrigação do Tesouro nacional com vencimento em Maio de 2010 subiu 2 pontos base para os 5,09%. Nos Estados Unidos da América, o «yield» do Treasury a 10 anos desceu 6 pontos base para os 4,86%, indicando sinais e abrandamento económico na economia norte-americana. A rentabilidade do «bund» alemão a 10 anos manteve-se inalterada nos 4,71%.