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Grupo EDP empurra Lisboa para o vermelho

A bolsa nacional negociou em sentido contrário às praças europeias e desvalorizou 0,3%, numa sessão em que os dois títulos da família EDP perderam mais de 2,7%.

Sérgio Lemos
26 de Janeiro de 2024 às 16:49
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O principal índice nacional encerrou a semana no vermelho, tendo registado perdas em 10 das últimas 12 sessões, e perto de mínimos de meados de novembro. Os pesos pesados EDP e EDP Renováveis estiveram a penalizar esta sexta-feira, após terem revelado os dados operacionais relativos a 2023.

Pela Europa a sessão foi de ganhos significativos, com o índice de referência, Stoxx 600, a atingir máximos de dois anos. Os bons resultados da LVMH foram os catalisadores da sessão de hoje.

Por cá, o PSI recuou 0,3% para 6.275,73 pontos, com 10 cotadas no vermelho e seis no verde.

Nas maiores quedas esteve o grupo EDP: a casa-mãe desvalorizou 3,42% para 4,062 euros e a Renováveis desceu 2,7% para 14,98 euros, num dia em que as "utilities" (água, luz gás) na Europa foram um dos dois setores que registaram quedas (-0,89%). Os títulos encerraram no valor mais baixo desde inícios de novembro e finais de outubro de 2023, respetivamente.

A EDPR revelou esta quinta-feira após o fecho que aumentou a produção em 4% no ano passado. No entanto, a produção de eletricidade da EDP recuou 8% no mesmo período, penalizado por quebras na produção derivada de carvão e gás natural.

O BCP caiu 1,48% para 0,2668 euros, descendo a mínimos de 5 de outubro. Esta quinta-feira o banco tinha desvalorizado mais de 2%, acompanhando a queda no setor na Europa. Na semana o único banco cotado na principal montra da bolsa nacional perdeu 6,58%.

A instituição financeira foi penalizada por uma decisão da Fosun, o seu maior acionista, que optou por vender, na segunda-feira, 5,6% da sua participação fora de bolsa a um preço unitário de 0,278 euros, o que representou um desconto de 3,3%, face à cotação da sessão anterior, na passada sexta-feira.

Os CTT, por sua vez, perderam também 1,48% para 3,65 euros.

Em sentido contrário à tendência, a Galp brilhou ao somar 2,52% para 14,435 euros, depois de ter comunicado que perfurou, com sucesso, uma zona mais profunda do poço de petróleo recém encontrado na Namíbia, onde descobriu um volume "significativo" de petróleo leve. A petrolífera acabou mesmo por ter o melhor dia das últimas duas semanas.

A Jerónimo Martins recuperou das perdas dos dias anteriores e ganhou 1,25% para 21,04 euros. Já a Mota-Engil cresceu 0,59% para 5,08 euros, renovando máximos de 30 de setembro de 2014. Desde o início do ano, a construtora, que mais do que duplicou de valor em bolsa em 2023, soma 28,28%.

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