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Fevereiro foi o terceiro pior mês em bolsa na história da EDP Renováveis

A empresa nacional derrapou quase 20% neste mês que agora finda, sendo também a cotada com a maior queda mensal em todo o setor na Europa.

26 de Fevereiro de 2021 às 16:41
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As ações da EDP Renováveis derraparam 19,73% em fevereiro, o que representa o terceiro pior mês de sempre desde que a empresa portuguesa está cotada em bolsa (2008), num período marcado por uma queda geral também no setor em toda a Europa. 

Para registarmos uma desvalorização mensal desta dimensão é preciso recuar aos primórdios em bolsa. Só em setembro e outubro de 2008 é que a empresa caiu 19,80% e 27,55%, respetivamente. Agora, a queda em fevereiro deste ano é ainda a maior entre os pares do setor das "utilities" na Europa, que também não tinha uma queda mensal tão grande desde março do ano passado.  

A completar o pódio das maiores quedas no setor estiveram a dinamarquesa Ørsted (-14,5%) e a austríaca Verbund (-14,9%).

Fevereiro até começou com o "pé direito" para as ações do braço das energias renováveis da EDP, que ainda em janeiro tinham renovado máximos históricos. Mas a segunda semana do mês será de má memória para a EDP Renováveis, uma vez que a sua cotação caiu mais de 12% nesse período, abrindo porta a várias atualizações à sua recomendação e preço-alvo por parte de casas de investimento.


A atualização mais nefasta para a empresa veio da Suíça, com o banco UBS a iniciar a sua cobertura à cotada nacional com recomendação para "vender", tendo ainda preterido a EDP Renováveis da sua lista de preferíveis, dando lugar às rivais ibéricas Endesa e Iberdrola.

Depois vieram outras notas com uma visão mais otimista para a empresa nacional, como é o caso da Kepler Cheuvreux, que até subiu a recomendação das ações de "neutral" para "comprar" ou mesmo por parte dos analistas do CaixaBank/BPI, que subiram em 70% o preço-alvo atribuído à EDP Renováveis.

Em termos operacionais, a empresa anunciou vários projetos como a entrada na Hungria com um contrato a 15 anos para vender a energia produzida por um projeto solar fotovoltaico que totaliza 50 MW e com o início de operações esperado para 2022. 

Apesar da queda robusta em bolsa, o final do mês de fevereiro trouxe novidades positivas para os acionistas da empresa, que anunciou esta semana que fechou 2020 com um resultado líquido de 556 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 17% face ao exercício anterior, com a empresa de energias verdes do Grupo EDP a beneficiar sobretudo com a descida dos custos financeiros.

Tendo em conta estes resultados a administração da EDPR vai propor aos acionistas o pagamento de 69,8 milhões de euros em dividendos, o que representa 12,6% dos lucros obtidos, em linha com o "payout" dos últimos exercícios.
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