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Fecho dos mercados: Bolsas, juros, petróleo e cobre recuam. Euro ganha terreno

A bolsa nacional e as principais congéneres do resto da Europa perderam terreno, bem como as cotações do petróleo e do cobre, além dos juros soberanos. A somar esteve o euro, que segue a valorizar face à nota verde.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,42% para 5.319,84 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,72% para 3623,18 pontos

S&P 500 ganha 0,87% para 2.610,67 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desceu 0,3 pontos base para 1,718%

Euro soma 0,73% para 1,2443 dólares

Petróleo cai 1,05% para 69,71 dólares por barril em Londres

Bolsas europeias recuam, ainda reticentes com tensões comerciais

O PSI-20 encerrou a sessão bolsista a perder 0,42% para 5.319,84 pontos, tendo sido a Jerónimo Martins que mais pressionou (-1,28% para 14,23 euros), na quarta sessão seguida em que a retalhista negociou em terreno negativo. Depois de na semana passada ter renovado mínimos, hoje a cotada chegou a negociar nos 14,18 euros por acção, o valor mais baixo desde Setembro de 2016. Isto no dia em que a Bloomberg noticiou, citando o jornal polaco Rzeczpospolita que, a Jerónimo Martins está a estudar a aquisição de uma concorrente na Polónia, a Piot i Pawel.


A praça lisboeta acompanhou a tendência de quedas que predominou na generalidade das principais bolsas europeias, numa sessão em que o índice de referência europeu Stoxx 600 recuou pelo quarto dia consecutivo, tendo mesmo tocado em mínimos de Fevereiro de 2017.  As bolsas europeias mantiveram assim a tendência de perdas já registada na semana passada, que ficou marcada pela apreensão dos investidores em relação às consequências da guerra comercial Estados Unidos-China. Na sessão de hoje, todos os sectores negociaram no vermelho na Europa, com destaque para as telecomunicações, tecnologias e serviços financeiros.


Juros caem na Europa

As taxas de juro caíram na generalidade dos países europeus, numa altura em que a marcar a negociação estiveram os mínimos de 16 anos das "yields" a 10 anos [que é o vencimento de referência] de Espanha, depois de na sexta-feira a agência de rating S&P ter elevado a notação soberana do país para A-.


A taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Espanha segue a descer 0,9 pontos base para 1,260%, depois de ter chegado a tocar nos 1,240% (o valor mais baixo desde 9 de Novembro de 2016), ao passo que a de Portugal recua 0,3 pontos base 1,718%. Já a taxa das bunds alemãs a 10 anos desliza 0,4 pontos base para 0,524%.

 

Taxas Euribor mantêm-se a 3 meses e descem a 6 e 12 meses

As taxas Euribor voltaram a registar um movimento misto nos diferentes prazos. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou a fixar-se em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, desceu hoje para -0,271%, menos 0,001 pontos e contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    


A nove meses, a Euribor subiu para -0,220%, mais 0,001 pontos do que na sexta-feira e contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, recuou para -0,191%, menos 0,001 pontos e contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Euro sobe influenciado pela guerra comercial e à espera da Fed

A moeda única europeia está a subir num momento em que os investidores esperam pelo discurso desta segunda-feira, 26 de Março, do presidente da Reserva Federal (Fed) de Nova Iorque, William Dudley, e da líder da Fed de Cleveland, Loretta Mester. Isto depois de a Fed ter decretado um aumento de juros de 25 pontos base, levando a que os investidores continuem à espera de sinais sobre o futuro.


A subida do euro esteve também a ser influenciada pelas tensões comerciais EUA-China. A moeda única segue a ganhar 0,73% para 1,2443 dólares, numa altura em que aumenta a especulação de que as carteiras poderão aumentar a exposição à moeda europeia.

 

Forte aumento de plataformas petrolíferas nos EUA pressiona crude

O petróleo inverteu dos ganhos de grande parte do dia e segue a perder terreno nos principais mercados internacionais, penalizado pelo facto de os operadores estarem a aproveitar os últimos dados sobre o aumento da produção norte-americana para procederem à tomada de mais-valias. Na sexta-feira, a Baker Hughes, fornecedora norte-americana de serviços a campos petrolíferos, divulgou que o número de plataformas de prospecção de crude nos EUA quadruplicou, para 804, atingindo assim o nível mais alto desde Março de 2015.


No mercado nova-iorquino, o crude de referência segue a ceder 1,14% para 65,13 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – está a negociar nos 69,71 dólares com um recuo de 1,05%. Isto depois de terem estado a ganhar terreno devido à intenção também do Iraque – depois de a Arábia Saudita se ter pronunciado no mesmo sentido na sexta-feira – de defender a manutenção do corte de produção da OPEP até 2019.

 

Guerra comercial de Trump fez descarrilar o cobre

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e as tarifas aduaneiras que a Administração Trump impôs também à importação de aço e alumínio de outros países têm estado a penalizar muitas matérias-primas, mas o anúncio de negociações Washington-Pequim ajudou a animar a negociação de hoje nas commodities.


Contudo, o cobre, que ganhou bastante terreno com a agenda pró-investimento em infraestruturas do presidente norte-americano, continua a ser penalizado por estas medidas proteccionistas dos EUA e estão a caminho da primeira queda trimestral desde as eleições presidenciais de Novembro de 2016 que deram a vitória a Donald Trump.

 

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