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Euro ganha com especulação sobre abrandamento dos EUA

O euro ganhava 0,70% face ao dólar, beneficiando da especulação sobre o abrandamento da economia dos Estados Unidos (EUA), depois de ontem a Reserva Federal (FED) ter baixado a sua principal taxa de juro para os 4,5%, segundo analistas.

19 de Abril de 2001 às 17:27
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O euro ganhava 0,70% face ao dólar, beneficiando da especulação sobre o abrandamento da economia dos Estados Unidos (EUA), depois de ontem a Reserva Federal (FED) ter baixado a sua principal taxa de juro para os 4,5%, segundo analistas.

A moeda única cotava nos 0,8897 dólares e valorizava 0,75% relativamente à divisa nipónica, transaccionando nos 108,54 ienes.

«O mercado tem alguma suspeição em relação à decisão de ontem, havendo alguma especulação de o FED poder ter conhecimento de dados que ainda não sejam públicos sobre a economia norte-americana», o que estava a impulsionar o euro, defendeu Paula Carvalho, analista do BPI.

O FED desceu ontem a sua principal taxa de juro em 50 pontos base para os 4,5%, na quarta redução desde o início deste ano, passando o preço do dinheiro nos EUA a ser inferior ao da Zona Euro pela primeira vez desde a criação da União Económica e Monetária (UEM).

Esta decisão surgiu entre reuniões do FED, com aquela entidade «a aproveitar um momento em que o sentimento do mercado era mais positivo, de forma a que redução tenha mais impacto», afirmou a mesma fonte.

O índice de preços no consumidor (IPC) da Zona Euro cresceu 0,4% em Março, face ao mês anterior, com a taxa de inflação na zona da moeda única a manter-se nos 2,6%, acima da meta de 2% traçada pelo Banco Central Europeu (BCE), de acordo com dados divulgados hoje pelo Eurostat, o instituto de estatística da União Europeia (UE).

Estes dados «vieram confirmar que as taxas não deverão baixar tão cedo na Zona Euro», considerou a analista do BPI, adiantando que «provavelmente, não deverá haver uma descida até final do primeiro semestre».

A taxa de referência da autoridade monetária europeia, ou REFI, situa-se actualmente nos 4,75%, com o BCE a ser o único dos principais bancos centrais mundiais que ainda não cortou as taxas desde o início do corrente ano.

Cada euro vale 200,482 escudos.

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