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Dúvidas sobre acordo EUA-China interrompem ciclo de subidas em Wall Street

As bolsas arrancaram em baixa nesta sessão penalizadas pelo ponto final no otimismo sobre as negociações entre os EUA e a China.

10 de Janeiro de 2019 às 14:38
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A desilusão dos investidores face às negociações entre os Estados Unidos e a China para resolver a disputa comercial está a afetar a negociação em Wall Street. No arranque da sessão, as bolsas dos EUA estão a negociar em baixa, ainda que tenham sido revelados dados positivos no emprego.

O Dow Jones está a descer 0,47% para os 23.767,78 pontos, o Nasdaq cede 0,74% para os 6.905,20 pontos e o S&P 500 perde 0,59% para os 2.569,76 pontos. Wall Street tinha estado a subir nas últimas quatro sessões. Na Europa a maior parte das praças também segue em baixa, à exceção do PSI-20. 

Estas quedas estão a ser provocadas pelas dúvidas que existem à volta das reuniões entre os EUA e a China, depois de o otimismo que geraram ter puxado pelas bolsas nas últimas sessões. Pequim e Washington divulgaram comunicados curtos que deram poucos detalhes sobre as negociações, sugerindo que não houve progressos significativos. As tréguas comerciais entre os dois países deverão terminar a 2 de março. 

Ainda assim, os dois países referem que foram lançadas as bases para haver um acordo sobre algumas áreas num futuro próximo, além de que garantiram que as negociações continuam. Uma das possibilidades em cima da mesa é um encontro entre Donald Trump e um membro do Governo chinês no encontro do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, no final deste mês. 

Na cabeça dos investidores continua também a paralisação parcial do Governo federal norte-americano. Ontem, Trump voltou a reunir-se com o Partido Democrata, mas rapidamente saiu da sala dada a recusa dos democratas em financiar o muro na fronteira a sul. O presidente norte-americano voltou a referir que ainda pode declarar o estado de emergência nacional para obter o financiamento sem passar pelo Congresso.

A impedir maiores quedas estão os dados positivos do emprego. O número de norte-americanos a pedir novos subsídios de desemprego baixou mais do que o esperado na semana passada, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira, 10 de janeiro, pelo departamento do Trabalho.

Estes dados sucedem a maior criação de emprego em 10 meses e a maior subida dos salários desde 2009. Este desempenho aponta para uma melhoria sustentada do mercado de trabalho que pode dissipar as preocupações existentes com a desaceleração económica. 

Este é mais um sinal para as decisões delicadas que a Reserva Federal terá de tomar nos próximos meses. O presidente da Fed, Jerome Powell, discursa hoje em Washington, um momento que os investidores deverão acompanhar de perto.
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