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Dia afunda 20% em bolsa após reduzir prejuízos

A cadeia de supermercados espanhola reduziu em quase 6% os prejuízos, no primeiro trimestre, mas os números não convenceram: as ações chegaram a afundar mais de 19% na bolsa de Madrid.

Bloomberg
12 de Maio de 2020 às 11:13
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O grupo espanhol Dia reduziu os prejuízos no primeiro trimestre do ano, mas os resultados não foram suficientes para convencer os investidores. Após a apresentação de contas, antes do início da sessão, os títulos chegaram a afundar um máximo de 19,04% para 11,99 cêntimos, para depois reduzirem as perdas para 4,5%.

Isto depois de a empresa ter revelado que reduziu os prejuízos em 5,7% no primeiro trimestre deste ano para 142,6 milhões de euros, num contexto marcado pela pandemia do covid-19. As vendas do grupo desceram 2,1% para 1.696 milhões de euros, penalizadas pela redução de 11,7% no número de lojas e pela depreciação de 18,6% do real brasileiro.

As vendas comparáveis (LfL), por seu turno, aumentaram 2,6%, impulsionadas pelo crescimento de 6,9% no cabaz médio, e pelo efeito da atividade comercial "extraordinária" no mês de março, em que os consumidores acumularam produtos no contexto da crise sanitária.

Em Portugal, as vendas subiram 4,3%, "impulsionadas pela maior frequência de entrega de stock e atualizações de equipamentos na loja para dar suporte a novas ofertas". Já o EBITDA ajustado desceu 66,4%, impactado por um aumento das despesas operacionais devido à crise do covid-19.

 

No período, o número de lojas no país desceu de 576 para 569.

Em termos globais, o EBITDA fixou-se nos 60,7 milhões de euros entre janeiro e março, 266,1% acima do registado no período homólogo, graças à redução dos custos de reestruturação, que caíram "fortemente", segundo a empresa, com a conclusão das principais iniciativas implementadas em 2019.

A descida foi dos 67 milhões no primeiro trimestre de 2019 para 6 milhões nos primeiros três meses deste ano.

Já os custos relacionados com a covid-19 foram quantificados em 22 milhões de euros, e incluem gastos com material de proteção para toda a empresa.

O Dia revelou ainda que estima um crescimento entre 5% e 7% das vendas comparáveis entre 2021 e 2023.

Depois do acordo de refinanciamento fechado em julho do ano passado, a empresa fechou o trimestre com uma dívida líquida de 1.286 milhões de euros.

No âmbito do plano de reestruturação, o grupo encerrou 861 lojas tendo fechado o trimestre com um total de 6.506.

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