Notícia
Depois do pior setembro em 20 anos, S&P 500 vive melhor sessão em dois meses
Wall Street fechou a primeira sessão de outubro com um forte sentimento positivo, dando uma nota de esperança para o resto do mês, depois de um setembro "terribilis".
Wall Street fechou a primeira sessão de outubro com um forte sentimento positivo, dando uma nota de esperança para o resto do mês, depois de um setembro "terribilis".
A queda dos números da atividade industrial nos EUA impulsionaram a esperança de que a Reserva Federal norte-americana possa abrandar o ritmo da política monetária restritiva, o que não só trouxe otimismo ao mercado de risco como levou a um alívio expressivo das "yields" no mercado de dívida.
O industrial Dow Jones somou 2,66% para 29.940,89 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cresceu 2,27% para 10.815,44 pontos. A estrela da sessão foi mesmo o S&P 500. Depois de registar o pior mês de setembro em duas décadas, o "benchmark" mundial começou outubro a registar a melhor sessão desde julho, com 98% das cotadas a fecharem no verde.
As energéticas comandaram os ganhos à boleia do preço do petróleo. Entre os principais movimentos de mercado destacam-se as ações da Tesla que terminaram a sessão a tombar 8,61% para 242,40 dólares por título, comandando as perdas do S&P 500, depois de a marca automóvel ter reportado que o número de entregas de veículos no terceiro trimestre ficou aquém das previsões, apesar de a fabricante ter batido o recorde de entregas.
Por sua vez, o Twitter ocupa o segundo lugar no pódio dos perdedores, no mesmo dia em que o CEO da rede social, Parag Agrawal, começa a ser ouvido em tribunal sobre o caso que divide a empresa e Elon Musk no acordo falhado de compra.
Além da boa pontuação, o dia foi marcado por outra boa notícia: a redução da volatilidade. O índice da volatilidade Cboe, também conhecido como o "índice do medo de Wall Street" caiu para o patamar dos 30 pontos, depois de na semana passada ter negociado sempre acima desta fasquia.
Já no mercado obrigacionista, a "yield" da dívida a dez anos subtraiu 16,4 pontos base para 3,664%, depois de ter superado a fasquia dos 4% na semana passada.
Apesar deste cenário otimista, os analistas pedem cautela. "O mercado [acionista] está em sobrevenda e o sentimento é extremamente negativo, pelo que qualquer subida, mesmo que expressiva, pode acontecer a qualquer momento", alerta Matt Maley, citado pela Bloomberg.
Por esta razão, o estratega-chefe da Miller Tabak acredita que as ações ainda devem cair mais, para baterem no fundo –algo que até agora não aconteceu. "O mercado ainda não incorporou completamente o cenário de recessão", fundamenta.