O principal índice do mercado português segue a valorizar 2,56% para os 5.370,51 pontos, com 19 cotadas em terreno positivo, e uma em queda.

A bolsa nacional recupera parte da forte desvalorização registada na sessão de quarta-feira. A grave crise política gerada pela carta de demissão do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, levou o PSI-20 a perder 5,31% - a pior sessão desde Abril de 2010 - e os juros da dívida a 10 anos para valores superiores a 8%.

Mas a perspectiva de um acordo entre os partidos da coligação está permitir uma recuperação no mercado bolsista e nos preços das obrigações do Tesouro português, levando as taxas a caírem mais de 20 pontos-base.

A CMVM decretou a suspensão do “short selling” nas acções do BCP, BES, Banif e Sonae Indústria durante a sessão de hoje. A decisão é tomada ao abrigo de um regulamento europeu que permite esta proibição nos títulos que registem uma desvalorização de mais de 10% no fecho de uma sessão.

Foi o que sucedeu na sessão de ontem, em que a cotação do Banif recuou 14,13%, a do BCP 12,9%, a do BES 10,95% e a da Sonae Indústria 10,36%.

Depois da CMVM foi a vez do regulador britânico impedir os investidores de apostar na queda das acções.

A entidade reguladora do mercado britânico (Financial Conduct Authority) suspendeu o “short-selling” de três títulos portugueses: BCP, BES e Sonae Indústria, durante esta sessão, segundo a agência Bloomberg.

Entre as cotadas do PSI-20, BCP e BES são as que mais impulsionam o mercado com ganhos superiores a 6%. O BCP avança 6,17% para os 0,086 euros e mais de 130 milhões de títulos negociados. O BES ganha 6,61% e negoceia nos 0,581 euros. BPI e Banif valorizam mais de 4% e negoceiam, respectivamente, nos 0,861 euros e 0,086 euros.  

A animar o mercado português estão ainda os títulos do sector da energia. A Galp Energia sobe 1,87% para os 11,46 euros, a EDP ganha 2,47% para os 2,365 euros e a EDP Renováveis avança 1,30% para os 3,823 euros.

A única empresa que contraria os ganhos do índice nacional é o ESFG, que cai 2,26% para 5,10 euros, depois de ontem ter sido aquela que registou a menor queda.