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Bolsa nacional em queda pressionada pela banca
A bolsa nacional segue a desvalorizar 0,32%, pressionada pela banca, que depois de um dia de recuperação regressa às perdas, numa altura em que a incerteza política que se vive é grande.
O PSI-20 recua 0,32% para 5.414,45 pontos, com 10 acções em queda, seis em alta e as restantes quatro inalteradas. Entre as praças europeias a sessão não está definida, com o Stoxx 600 a negociar inalterado, e as restantes a alternarem entre quedas e subidas, com destaque para o índice grego que sobe mais de 2%.
Por cá, esta sexta-feira é a banca que mais penaliza o índice, com o BES a cair 1,98% para 0,593 euros, o BCP a ceder 1,12% para 0,088 euros. O Banif desce 1,15% para 0,083 euros e o BPI cai 1,69% para 0,874 euros.
Também a Portugal Telecom e a Sonae estão entre as empresas nacionais que registam pior desempenho, com quedas de 0,59% e 1,43%, respectivamente, para 2,843 euros e 0,69 euros.
A incerteza política gerada pelo pedido de demissão de Paulo Portas provocou perdas avultada na sessão de quarta-feira. Ontem, a sessão foi de recuperação, com os investidores expectantes em relação a um compromisso entre Portas e Passos Coelho. E hoje é o regresso às quedas, numa altura em que ainda não há “fumo branco”. O primeiro-ministro garantiu ao Presidente da República que será encontrada uma solução para dar estabilidade governativa a Portugal.
Também as taxas de juro implícitas nas obrigações portuguesas acentuaram o ritmo de queda da última sessão e recuam mais de 40 pontos base, esta manhã. A taxa a 10 anos regressou à casa dos 6% pela primeira vez depois da crise política que eclodiu na terça-feira.
A impedir maiores quedas do índice nacional estão a Portucel e a EDP, que apreciam 1,78% e 0,13% para 2,514 euros e 2,371 euros, respectivamente. Também a Zon está a subir 0,51% para 3,759 euros.
Lá fora, os investidores aplaudiram as indicações deixadas pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE) sobre a manutenção dos juros em níveis baixos por um período longo de tempo.