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Adidas dispara para novo máximo histórico após lucros recorde
A fabricante alemã de artigos desportivos apresentou, pela primeira vez, lucros acima de mil milhões de euros, e reviu em alta as estimativas de resultados para os próximos anos.
As acções da Adidas atingiram um novo máximo histórico esta quarta-feira, 8 de Março, depois de a empresa ter apresentado lucros acima de mil milhões de euros, pela primeira vez na sua história, e ter revisto em alta as estimativas de resultados para os próximos anos.
Os títulos da fabricante alemã de artigos desportivos estão a ganhar 6,91% para 170,85 euros, depois de terem chegado a disparar 9,20% para 174,50 euros, o valor mais alto de sempre.
Esta evolução acontece depois de a Adidas ter revelado que fechou o ano de 2016 com lucros de 1.019 milhões de euros, uma subida de 41% face ao ano anterior.
A impulsionar os resultados esteve o aumento das vendas da Adidas e Reebok, a subida dos preços, a redução dos custos e as receitas extraordinárias associadas à resolução antecipada do contrato com o Chelsea F.C.
"2016 foi um ano excepcional para a Adidas", afirmou Kasper Rorsted, CEO da companhia alemã, na conferência de apresentação de resultados.
O responsável da empresa sinalizou a intenção de focar a marca nos artigos de "fast-fashion" – cujas vendas cresceram 45% em 2016 – e eliminar áreas não core como o golfe e o hockey.
"O mercado de lifestyle é muito maior do que o mercado do desporto, por isso temos de participar nele", sublinhou o CFO Robin Stalker, acrescentando que o casualwear representa agora 30% do volume de vendas da companhia alemã.
Além das contas relativas a 2016, a empresa também divulgou a actualização das suas estimativas de resultados para os próximos anos, que foram revistas em alta. A Adidas antecipa agora um crescimento dos lucros de 20 a 22% por ano até 2020, o que compara com a anterior previsão de 15%.
Tendo em conta os bons resultados operacionais de 2016 e a confiança da gestão nas perspectivas de crescimento a longo prazo, o conselho de administração irá propor na próxima assembleia-geral de accionistas a distribuição de um dividendo de 2 euros por acção, um valor acima do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg que antecipavam uma remuneração de 1,70 euros.